Debatedores da Comissão de Meio Ambiente exigem educação ambiental como política de Estado

Cobraram do governo federal o cumprimento da Política Nacional de Educação Ambiental. Foto: Reprodução
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Debatedores da Comissão de Meio Ambiente exigem educação ambiental como política de Estado Política Nacional de Educação Ambiental. A audiência pública, que atendeu a requerimento do senador Paulo Rocha (PT-PA), marcou a semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho.

Paulo Rocha destacou o envolvimento da juventude no movimento e comentou que a educação ambiental é fundamental, especialmente diante da crise provocada pelas mudanças climáticas. Segundo o parlamentar, eventos como a audiência pública desta quarta-feira têm o objetivo de ouvir e colher a contribuição de especialistas, “diante do quadro preocupante vivido pelo país”.

O debate contou com o pesquisador e professor de Educação Ambiental da Universidade de São Paulo (USP), Marcos Sorrentino, e da ativista Kinda Silva van Gastel. Lideranças indígenas como Sonia Guajajara, Txai Suruí e Ailton Krenak chegaram a ser convidadas, mas não puderam comparecer à audiência pública.

Representante de Ministério do Meio Ambiente (MMA), a secretária de Biodiversidade, Maria Beatriz Palatinus Milliet, disse que a pasta conta com um departamento voltado ao tema da chamada educação não-formal, que atua em parceria com o Ministério da Educação (MEC). Ela mencionou programas como Educa Mais, que disponibiliza cursos e palestras difundindo a temática pelo país. Segundo Maria Beatriz, o ministério está engajado no assunto, “atuando como difusor do conhecimento, por meio de materiais explicativos, como folders e filmes”.

Já a coordenadora-geral de Gestão Estratégica da Educação Básica do MEC, Maria Luciana da Silva Nóbrega, pontuou que as redes de ensino têm autonomia para elaborar suas grades curriculares. Ela ressaltou, no entanto, que a implantação do novo ensino médio inclui, entre as modificações, medidas que visam ao fortalecimento do envolvimento dos jovens nas ações ambientais.

Diretora da rede de jovens ativistas Engajamundo, Kinda Silva van Gastel lembrou que, antes da serem mobilizadas, as pessoas precisam ser ensinadas. Segundo ela, apesar de a educação ambiental constar na Constituição, a disciplina ainda não é efetiva no país. Além disso, observou Kinda, a linguagem também precisa ser aperfeiçoada, de modo a gerar interesse em todos os públicos quanto à temática.

“A gente não pode continuar com a ideia de que educação ambiental é uma ameaça. Precisamos de pessoas capacitadas, conscientes e sabendo o que fazer no meio desse colapso, dessa crise que se forma nos quesitos meio ambiente e clima no país.”

*Com informações da Agência Senado

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