Os advogados de defesa do ex-meia Ronaldinho Gaúcho entraram com um recurso no Paraguai com o pedido para que o pentacampeão mundial e o seu irmão, Assis, deixem a cadeia e passem a cumprir prisão domiciliar em Assunção. O objetivo é que ambos saiam o quanto antes da prisão e depois disso seja negociado uma forma deles retornarem ao Brasil. A definição sobre este tema será na manhã desta terça-feira,10.
O juiz Gustavo Amarilla e os advogados de Ronaldinho Gaúcho e Assis terão uma audiência. Se o pedido da defesa for aceito, a dupla terá de continuar no Paraguai, mas poderá deixar a cadeia e permanecer em alguma casa na capital do país, Assunção. Depois disso, o próximo passo será tentar um novo recurso para conseguir a liberação para ambos voltarem ao Brasil.
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Os dois irmãos estão presos desde a sexta-feira passaram por utilizarem documentos falsos ao entrarem no país dois dias antes para participarem de um evento. Após virarem alvo de investigação, os dois chegaram a ser inocentados, porém na sexta tiveram a prisão preventiva solicitada para que o trabalho de apuração da polícia não sofresse interferência.
No fim de semana, os advogados de defesa dos dois tentaram alguns recursos, mas a juíza Clara Ruíz Díaz decidiu manter a prisão para evitar que a dupla fugisse para o Brasil. A polícia paraguaia aguarda a apresentação da empresária Dalia López, considerada a responsável por levar Ronaldinho Gaúcho ao país. Dalia tem ordem de prisão emitida pelo Ministério Público local.
Quem também está preso é o empresário brasileiro Wilmondes de Souza Lira, que também estava envolvido no convite enviado a Ronaldinho Gaúcho para viajar ao Paraguai. “Os irmãos têm documentos vigentes do Brasil para poder ir a qualquer parte do mundo, não necessitavam documentos paraguaios. Souza Lira entregou os documentos no Brasil, não lembro da data, mas faz 20 ou 20 dias”, disse o advogado de defesa dos irmãos, Adolfo Marín, ao jornal paraguaio ABC Color.
Moro conversa com autoridades paraguaias
O ministro da Justiça, Sergio Moro, telefonou nesta segunda-feira (9) a autoridades paraguaias para acompanhar o caso do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho. “O ministro disse que ligou para obter informações, que o governo brasileiro está acompanhando o caso e que o Paraguai é soberano para tomar decisões”, confirmou a assessoria de Moro.
Neste domingo (8), o advogado dos irmãos, Sérgio Queiroz, declarou que os documentos falsificados apreendidos com a dupla “foram oferecidos a Assis como um modo para que fizessem negócios no Paraguai. E eles aceitaram essa proposta”.
Indagada sobre que tipo de negócios, a defesa não especificou. “Eles têm interesse em realizar negócios aqui como em várias partes do mundo.”
Ronaldinho chegou ao país no dia 4, a convite de Nelson Belotti – um dos donos do cassino Il Palazzo, localizado no hotel em que o ex-atleta estava inicialmente hospedado – e da empresária Dalia López.
Segundo os brasileiros, ela teria oferecido os passaportes paraguaios. Já a defesa da empresária diz que foram Ronaldinho e seu irmão que solicitaram os documentos adulterados.
Em 2019, Ronaldinho foi nomeado embaixador do turismo brasileiro pela Embratur, instituto ligado ao Ministério do Turismo. Na época, seu passaporte estava apreendido pela Justiça.
Procurada na semana passada para comentar o caso dos documentos falsificados, a entidade disse que “a indicação do ex-jogador como embaixador do turismo do Brasil é simbólica, honorária, e o trabalho desenvolvido é totalmente voluntário, sem ônus para a Embratur, que segue promovendo o turismo brasileiro no exterior”.
Fonte: Estadão Conteúdo