O governo Bolsonaro enfrenta hoje sua primeira grande manifestação de protesto em nível nacional. Pelo menos 75 das 102 universidades e institutos federais do País convocaram manifestações. A reação é ao bloqueio de 30% dos orçamentos determinado pelo Ministério da Educação (MEC). 3.474 bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado para estudantes que eram oferecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) também foram cortadas.
Em Manaus e em cidades como Parintins , as aulas foram suspensas na Ufam por causa dos bloqueios nas entradas dos Campus. Mesmo debaixo de chuva centenas de pessoas fizeram o protesto e acusaram o Planalto de “Balburdia”, em alusão a primeira justificativa dada pelo Ministério da Educação para os cursos nas Universidades. No final da manhã, o acesso ao Campus da Universidade em Manaus já havia sido liberado.
Além das Universidades Federais, institutos de pesquisa, cientistas e estudantes de faculdades privadas também participam dos protestos em todo país. O sindicato dos professores da rede estadual pública de São Paulo, o maior da América Latina, convocou os professores a paralisarem.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub disse que o bloquei só se efetivará no segundo semestre e que tem recebido reitores para avaliar cada situação. O Ministro ainda se disse perseguido e que está sendo tratado como “inimigo da educação”.
Enquanto os protestos acontecem, a justiça cobra da União uma explicação técnica para os cortes anunciados. A juíza Renata Almeida de Moura Isaac da 7.ª Vara Cível de Salvador, deu cinco dias, cada um dos bloqueios orçamentários que impôs às instituições de ensino superior no País. O ministro Abraham Weintraub atribuiu publicamente em um primeiro momento a decisão dos cortes à uma punição balbúrdias promovidas pelas Universidades.