Depósito de lixo e projetos imobiliários ameaçam APA do Rio Negro

Foto: Press Comunicação Estratégica/ Divulgação
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A Área de Proteção Ambiental (APA) Margem Direita do Rio Negro segue ameaçada pela expansão populacional na região.

O espaço engloba os municípios de Iranduba, Manacapuru e Novo Airão, todos na região metropolitana de Manaus.

Foto: Press Comunicação Estratégica/ Divulgação

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (INPE), de 2001 a 2020, a área perdeu mais de 70 mil hectares por conta do desmatamento.

Iranduba

Porém, segundo Carlos de Carvalho Freitas, professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e integrante do Instituto Piatam, o caso mais preocupante é o de Iranduba.

O município sofre com novos projetos imobiliários, muitos sem licenciamento ambiental, e com o depósito irregular de lixo, em um ramal da Estrada do Janauari.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a população produz, diariamente, cerca de 150 toneladas residuais, que são destinados ao lixão, afetando o meio ambiente e a qualidade de vida das próprias pessoas:

“Para onde irão todos esses novos resíduos? O cenário ficará mais urgente e afetará ainda mais os lençóis freáticos, o meio ambiente e a saúde da população se algo não for feito a curto e médio prazo”, avaliou o professor.

Alternativas

Uma das soluções apontadas ao espaço é a implantação de um aterro sanitário, como o projeto proposto para Iranduba por uma empresa privada, que estará permanentemente sujeito a fiscalização de órgãos de controle e da própria sociedade, sob pena de pesadas multas ambientais.

Atualmente está sob análise do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).

O aterro sanitário está baseado no trabalho de uma equipe multidisciplinar de profissionais e possui mecanismos para armazenar os resíduos sem impactos ao meio ambiente e à população:

“O outro cenário seria deixar a APA continuar sendo atacada como está atualmente. A ecossustentabilidade só pode ser alcançada quando os resíduos são tratados de forma adequada e não sendo despejados no meio ambiente sem nenhum controle ou regulamentação”, frisou.

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