Os deputados que fazem oposição ao Governo Wilson Lima e que participam direta ou indiretamente da CPI da Pandemia, se pronunciaram nesta terça depois da operação Sangria do MPF e PF que prendeu a Secretária da Saúde e fez busca e apreensão na casa do Governador Wilson Lima. A Oposição diz que não há mais motivos para segurar o processo de impeachment do Governador, acusado pela operação de hoje de ser a cabeça de um esquema de desvio de recursos na compra de equipamentos durante a pandemia.
O deputado Serafim Corrêa (PSB) disse que a CPI da Pandemia foi fundamental no processo : “Creio que a Polícia Federal colocou um agente para assistir nossas reuniões e seguir o que a gente ia descobrindo, porque todo mundo que deu seu depoimento na CPI ou que foi convidado, está preso. Veja, eles devem ter muitas mais informações do que nós. Quero dizer que, de um lado, tenho um sentimento de dever cumprido por todos nós. Por outro lado, sinto uma tristeza enorme pelo que disse a subprocuradora-geral da República, na petição ao ministro do STJ, mesma petição que o levou a autorizar a operação de hoje”, disse o deputado
Já o deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) pediu nesta terça-feira, 30, que o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Josué Neto (PRTB), volte a formar a comissão especial para analisar o processo de impeachment do governador do Amazonas, Wilson Lima, e de seu vice, Carlos Almeida. Para o parlamentar, a operação Sangria reforça que já existem elementos suficientes para o Legislativo iniciar o pedido de afastamento dos gestores do Estado.
Em seu pronunciamento na Sessão Ordinária virtual, Wilker cobrou que o presidente Josué Neto dê celeridade ao processo de impeachment na Casa. “Peço com urgência que o presidente Neto dê andamento ao processo de impeachment do governador e do vice. Esta Casa precisa tomar providências duras e ter um posicionamento firme, sob pena da sociedade julgar a Assembleia por omissão ou conluio”, explicou Wilker.
Conheça nossos serviços
– Mentorias
– Media Training
– Digital Influencer
– Cerimonialista
– Produção de Vídeos
– Curso – Método da Rosa
Outro que se manifestou foi o deputado Dermilson Chagas (Podemos): “Nós temos um governador e um vice governador que não administraram e não administram o Estado, evidenciando apenas seus interesses próprios. Algumas pessoas que pertencem ao seu grupo, chegaram a rir nas nossas caras, contando sobre a falta de impunidade. Mas esse é o momento da possibilidade de justiça. A Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), que já era para estar bem avançada no pedido de Impeachment do governador e seu vice, tem agora o dever e a obrigação de dar continuidade no processo, já que o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJ-AM) deu parecer favorável para tirar o governador e o vice-governador.
Já a base do governo preferiu poupar palavras diante da ação desta terça-feira. A líder do governo na Assembleia , deputada Joana Darc (PL), disse pela manhá que tinha som ente as informações da imprensa . Segundo a deputada governista, “ tudo deve ser cumprido dentro da legalidade” E é claro que a polícia fazer seu trabalho”.
Impeachment
No dia 22 de abril, o pedido de impeachment contra o governador do Amazonas, Wilson Lima, e do seu vice, Carlos Almeida, foi protocolado pelo Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam) e aceito pelo presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Josué Neto (PRTB), oito dias depois.
No dia 13 de maio, o desembargador Wellington José de Araújo, vice-presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), suspendeu processo de impeachment contra o governador Wilson Lima (PSC) e o vice, Carlos Almeida (PTB) em uma decisão monocrática.
*Redação