O primeiro desfile de moda e grafismos indígenas, com o objetivo de expor a tendência da moda originária raiz ao público, aconteceu neste sábado (15/04), no Centro Cultural dos Povos da Amazônia.
Com a produção de Shirley Baré, as peças de roupas foram fabricadas pelo Ateliê Derequine e Yra Tikuna Moda Raiz. Foram cinco modelos das etnias Sateré-Mawé, Tariana, Dessana, Tukano e Witoto.
Além do trabalho de moda em roupas, existe também o trabalho de grafismos, que tem significados particulares para cada etnia indígena. A coordenadora do Ateliê Derequine, Vanda Witoto, compreende o valor em expor a história de vários povos originários, por meio das vestimentas e do trabalho visual, para o público em geral.
“O trabalho que nós, mulheres, estamos fazendo com a moda indígena, através das nossas peças, é trazer a nossa memória, a nossa identidade, a forma que a gente encontrou de comunicar a nossa própria existência”, ressalta Vanda.
A coordenadora acrescenta que Ateliê Derequine traz nos grafismos a representação da cultura e elementos sagrados dos territórios indígenas, que os conecta com as suas memórias ancestrais e os traz pertencimento.
Feira de Artesanato
Paralelo ao desfile neste sábado, o Centro Cultural dos Povos da Amazônia também recebe a feira de artesanato indígena, promovida pela Fundação Estadual do Índio. Entre os dias 11 e 19 de abril, 15 artesãos expõem e vendem suas obras como parte da programação especial do mês indígena, das 9h às 15h, de segunda-feira a sábado.