O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) informou nesta sexta-feira que o desmatamento na Amazônia cresceu 23% em novembro de 2019 em relação ao mesmo mês no ano anterior. O Pará, pela quinta vez consecutiva, liderou o ranking, com 58% da área total devastada, seguido por Mato Grosso (16%), estado com grande área de fronteira agrícola.
O Imazon destacou ainda que, considerando o calendário do desmatamento – período que, até agora, abrange os meses de agosto a novembro -, a devastação da floresta avançou 80%, passando de 1.462 km² para 2.625 km² – medida verificada no mesmo período em 2018.
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O calendário do desmatamento abrange os meses de agosto de um ano a julho do seguinte. Esta é a base do sistema Prodes, o sistema oficial usado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para calcular o desflorestamento na Amazônia. Segundo a última edição do Prodes, que considerou o período entre 1º de agosto de 2018 e 31 de julho de 2019, o desmatamento no bioma avançou 29,5% em relação aos doze meses anteriores.
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Oito dos dez municípios com maior índice de desmatamento em novembro do ano passado estão no Pará. Considerando todo o bioma, quase metade do desmatamento (47%) ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. Em seguida estão os assentamentos (36%), as terras indígenas (9%) e as unidades de conservação (8%).
O Imazon também constatou que os índices de degradação passaram de 10km² em novembro de 2018 para 471km² em novembro de 2019. Neste caso, o estado com mais regiões degradadas foi o Mato Grosso, com 93% do total.
O Imazon classifica desmatamento como o processo de realização do corte raso, que é a remoção completa das árvores. Na maioria das vezes, essa área é convertida em pasto. Já a degradação é caracterizada pela extração das árvores, normalmente para comercialização da madeira, ou incêndios florestais.
Fonte: O Globo