A Polícia Federal (PF) elaborou um relatório pericial que confirmou os motivos para alteração de cor das águas do rio Tapajós, no Pará.
O resulto é fruto do desmatamento e do garimpo ilegal.
Análise
A análise da PF mapeou como a “pluma de sedimentos”, que turvou as águas, tendo origem ainda no estado do Mato Grosso no final de outubro e início de novembro de 2021.
No entendimento dos técnicos, ela tem como causa o desmatamento nas margens dos rios Juruena e São Manuel, que deságuam no Tapajós, para plantação de monocultura:
“O desmatamento que ocorre nas margens dos rios citados favorece a lixiviação de material arenoso, argiloso e siltoso. Esses elementos são carreados até os corpos hídricos onde os sedimentos mais finos costumam ficar em suspensão por mais tempo percorrendo longas distâncias”, detalha o laudo.
A perícia da PF comparou imagens de afluentes do Tapajós onde não há atuação de garimpeiros e concluiu que eles “permanecem com suas águas mais escuras esverdeadas, indicando que não possuem sedimentos em suspensão”.
Embora não tenha analisado a água do rio, o laudo alerta também para uso de produtos químicos como mercúrio e o cianeto em garimpos como os da calha do Tapajós.
Operação Caribe Amazônico
Nesta última segunda (14/02), a PF deu início à Operação Caribe Amazônico, objetivando reprimir o garimpo ilegal no rio Tapajós nas regiões de Itaituba, Jacareacanga, Moraes de Almeida, Creporizinho e Creporizão, no Pará.
A ação é um desdobramento do inquérito instaurado pela PF para investigar as causas da mudança de coloração do rio Tapajós.
Fonte: ((o))eco.