Chegou ao fim nesta segunda-feira (09/01) o acampamento de bolsonaristas em frente ao Comando Militar da Amazônia (CMA), em Manaus, após o cumprimento de duas ordens judiciais, uma do Supremo Tribunal Federal (STF) e outra da Justiça Federal do Amazonas.
A retirada começou antes das 11h, com a participação de negociadores do Exército e da Polícia Militar do Amazonas (PMAM). Foram enviados ao local policiais das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam).
Conforme o secretário de Segurança Pública, general Carlos Alberto Mansur, a ação ocorreu, de forma pacífica.
“Já comunicamos ao Exército para que, após a retirada dos manifestantes, não permita o retorno para a frente do CMA”, disse o general.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Vinícius Almeida, destacou que a ação ocorreu com a metodologia do diálogo.
“O objetivo maior é a preservação da vida, e penso que cumprimos hoje com excelência. Não houve ninguém ferido, nenhuma intercorrência, e a decisão judicial foi cumprida na sua integralidade”, disse.
Integraram a ação em torno de 200 agentes da SSP, PMAM, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran), Secretaria Municipal de Segurança Pública (Semseg), Conselho Tutelar, Procuradoria Geral do Estado (PGE), Polícia Federal, Exército.
Órgãos municipais como Defesa Civil do município, Centro de Comando e Controle da Prefeitura, Secretaria Mulher, Assistência Social e Cidadania, Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), também participaram da ação.
A primeira decisão veio do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou a dissolução e desocupação de acampamentos bolsonaristas realizados nas imediações dos quartéis generais e outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos.
A juíza federal Jaiza Fraxe também determinou a desocupação e desmonte do acampamento bolsonarista montado em frente ao CMA.