A Secretaria de Educação de São Paulo afastou o diretor de uma escola estadual acusado de se omitir em suposto caso de agressão e racismo contra uma aluna de 6 anos. A mãe da estudante, Thamires Rosa, também aponta omissão por parte da secretaria. A polícia investiga o caso.
Em nota, a pasta informou que o diretor da Escola Estadual Adelina Issa Ashcar, no Cambuci, na região central da capital, foi afastado enquanto ocorre a apuração -o nome dele não foi divulgado. A secretaria da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) também disse que a mãe foi ouvida nesta sexta. “A conclusão pode resultar em sanções administrativas”, diz o comunicado.
Segundo Thamires Rosa, a filha chegou da escola no último dia 2 com o olho inchado, marcas de agressão no rosto e escoriações na região do abdômen. “Ela disse que estava brincando, esbarrou nos amigos, eles disseram iam da uma lição nela”, afirma Rosa.
Ela também relata que a filha contou ter sido xingada de “urubu” e teve o cabelo chamado de “feio” antes de ser agredida. Diz ainda que, do dia 3/05, quando foi à escola pedir esclarecimentos, até a última sexta-feira, quando foi ouvida por supervisoras da secretaria, tanto a escola como a pasta foram omissas no caso.
Segundo ela, a filha passou por exame no IML (Instituto Médico Legal) dois dias após o incidente, para identificar lesões no corpo. O órgão deu um prazo de 30 dias para enviar o resultado. A menina, afirma a mãe, não vai à escola desde o dia 4 e passa por tratamento psicológico.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do estado afirmou que o 6º DP (Cambuci) investiga o caso e que as imagens internas da escola foram analisadas pela equipe da unidade. “A delegacia segue no aguardo do exame solicitado, que está em fase de elaboração”, declara.