Documentários vencedores do “Edital Conexão Juventudes”, promovido pelo Instituto Unibanco, passam a compor a programação de novas plataformas de streaming. A partir de agora, “Adolescer”, do Espírito Santo; “Contraturno”, de Goiás; “Antes do Livro Didático, o Cocar”, do Rio Grande do Norte; “Terremoto” e “Onde Aprendo a Falar com o Vento”, de Minas Gerais; e “DesConectados”, do Piauí; estão disponíveis aos assinantes dos streamings Globoplay, Claro TV Mais (Claro TV+), Vivo Play, Microsoft, Google Play e Cine Brasil Já. Os dois últimos também estão na galeria do Amazon Prime Video.
“São mais possibilidades para o público conhecer as obras, que abordam temas relacionados a imigrantes, educação indígena e afrocentrada, gravidez na adolescência, inclusão digital, violência urbana e dificuldades para compatibilizar emprego e estudo”, diz Ricardo Henriques, superintendente-executivo do Instituto Unibanco. As obras também podem ser encontradas nas plataformas Itaú Cultural Play, Porta Curtas, Curta! Educação e Box Brazil Play, além do Canal Futura, que tem uma exibição por semana, às sextas-feiras, até 16 de dezembro.
Produzidos durante a pandemia, os filmes têm cerca de 26 minutos de duração e retratam o cotidiano de jovens estudantes do Ensino Médio em cinco estados – Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Piauí e Rio Grande do Norte.
Reconhecimento internacional
Recentemente, o diretor de “Terremoto”, Gabriel Martins, foi indicado pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil no Oscar 2023 por “Marte Um”, longa produzido pela Filmes de Plástico, na categoria “Melhor Filme Internacional”. A exposição também tem atravessado fronteiras. “Antes do Livro Didático, o Cocar”, dirigido por Rodrigo Sena, foi exibido em alguns festivais internacionais. Entre eles, o IndiFest – Festival Cine Indígena de Barcelona (ESP).
Edital e cinema
Promovido pelo Instituto Unibanco, em parceria com o Instituto de Políticas Relacionais (IPR) e a Brasil Audiovisual Independente (Bravi), o edital selecionou seis produtoras entre dezenas de inscrições. Todas receberam apoio técnico e financeiro. A escolha dos projetos ficou a cargo de uma comissão julgadora composta pelos cineastas João Jardim, João Moreira Salles e Val Gomes, além de Tiago Borba; Mauro Garcia, presidente da Bravi; e Eliane Costa, coordenadora do MBA Bens Culturais: cultura, economia e gestão, da Fundação Getúlio Vargas. Durante a execução, as produtoras receberam mentoria e apoio na montagem, com João Jardim e a cineasta Marcia Medeiros.
Fichas técnicas e trailers: |
|
|
|
Nome: Adolescer Produtora: 55 CINE Estado: Espírito Santo Direção: Gustavo Pimenta Moraes Sinopse: Adolescer é um documentário sobre a transformação vivida por jovens da periferia da Grande Vitória, originalmente predestinados ao fracasso, que estudavam em uma escola desacreditada pela comunidade. Vivendo em uma região pobre, em meio ao tráfico, e em uma área vista pela mídia local como a mais violentada do estado, estes jovens encararam o desafio de entrar na vida adulta e com apoios de familiares, amigos e da escola, buscar um futuro melhor. Trailler: https://youtu.be/8XNP4wrlywo |
|
|
|
Nome: Contraturno Produtora: Panaceia Filmes Estado: Goiás Direção: Larissa Fernandes e Deivid Mendonça Sinopse: Contraturno é um documentário que acompanha três adolescentes na retomada das aulas presenciais em Goiás. Mas, para eles, há um desafio em especial: conciliar a rotina da adolescência, os estudos e o trabalho. O filme aborda alguns dos motivos de abandono e evasão, a crise que a pandemia projetou na educação, e a jornada dupla de adolescentes e como os marcadores raciais atravessam tudo isso. Trailler: https://youtu.be/0TmDyYTEKhQ |
|
|
|
Nome: DesConectados Produtora: B&T Audiovisual Estado: Piauí Direção: Márcio Robério de Sousa Magno (Bigly) Sinopse: DesConectados narra os maiores desafios enfrentados por estudantes do ensino médio da única escola pública estadual de Tanque do Piauí, semiárido piauiense, durante a pandemia de Covid-19, onde o acesso à internet não é realidade para todos e se faz tão essencial no atual contexto para dar continuidade aos estudos. Uma história de luta pelo direito a educação e acesso digital, que revela a força da juventude como ação transformadora de sua própria realidade Trailler: https://youtu.be/PpQQUjTmKgg
|
|
|
|
Nome: Onde Aprendo a Falar com o Vento Produtora: Apiário Estúdio Criativo Estado: Minas Gerais Direção: André Anastácio de Oliveira Gomes e Victor Dias dos Santos Sinopse: O filme traz a discussão sobre educação decolonial, protagonizado por um grupo de jovens negros, alvos de racismo na escola, que criaram sua festa de Reinado, em Oliveira (MG). Trailler: https://youtu.be/elNPQn-BLgM |
|
|
|
Nome: Antes do Livro Didático, o Cocar Produtora: BOBOX Produções ABOCA Audiovisual Estado: Rio Grande do Norte Direção: Rodrigo César Cortez de Sena Tema: O projeto foca em um recorte da juventude potiguara da cidade de Canquaretama-RN, na comunidade do Catu, que foi desvinculada de suas raízes indígenas ao longo de um processo histórico de opressão e invisibilidade. Em meio a essa realidade de falta de perspectiva social, esses jovens têm sua capacidade de sonhar com um futuro melhor apagado e poucos são os que conseguem terminar o ensino médio. Há, porém, raras exceções, jovens indígenas que chegam ao ensino superior. Trailler: https://youtu.be/fEMxExBiWIw |
|
|
|
Nome: Terremoto Produtora: Filmes de Plástico Estado: Minas Gerais Direção: Gabriel Martins Alves Sinopse: Em 2010 o Haiti sofreu com um terremoto de grande magnitude que deixou mais de 300 mil mortos. Dentre as vítimas estava a família de Nicolson e Niky Augustin, dois jovens haitianos. Tentando se reerguer nos anos seguintes, a família dos garotos não viu saída a não ser se mudar para o Brasil, mais especificamente a periferia de Contagem, Minas Gerais. Ali, sem saber falar o idioma, eles tiveram que se adaptar a uma nova realidade e educar seus filhos. Trailler: https://youtu.be/ZGrbzNX27XE |