No dia 23 de fevereiro, a Rússia decidiu invadir a Ucrânia como uma ação de repúdio ao desejo de Volodymyr Zelensky em se unir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
A guerra tem trazido uma crise política, econômica e humanitária ao mundo. Diversos países trabalham para socorrer seus cidadãos e também refugiados ucranianos.
Transparência
A questão é como ensinar um ponto geopolítico muito importante do século XXI a crianças.
A educadora do Ensino Fundamental 1, Lillian Gramorelli, defende o debate em escolas e no âmbito familiar, sempre em uma linguagem compreensível para as crianças:
“É uma boa oportunidade de explicar para eles o que são as guerras e o impacto que elas trazem para a humanidade. O diálogo entre pais e filhos é extremamente fértil para o desenvolvimento de uma cultura de paz”, defende.
Trabalho em conjunto
A educadora acredita que os dois se complementam e que o debate perpassa o nível da História e da Geografia:, promovendo senso crítico desde cedo:
“Independentemente do ponto de vista ideológico da situação de cada país na guerra, a escola desenvolve o conceito de ‘humanidade e solidariedade’ e é por esse viés, dialogando com os componentes curriculares, que as situações didáticas podem ser desenvolvidas”, frisa.
Um exemplo dado tratou de experiência própria da educadora, quando abordou a II Guerra Mundial.
No início de março, proporcionou à turma a presença do pesquisador e tradutor búlgaro Nikolai Boyadjiev para falar de sua experiência pessoal, já que seu país sofreu com uma guerra durante anos.
“Onde se tem guerra, tem fome. Minha família passou por maus momentos, vivemos grandes dificuldades, minha avó foi agredida na frente de meu pai e meus tios quando eles eram crianças, só porque ela não tinha resposta a uma pergunta. Nossas casas eram invadidas e não podíamos viajar”, contou.
Boyadjiev tentou explicar, em inglês, como tudo começou e a relação existente entre o passado e o atual conflito entre Rússia e Ucrânia.
Os estudantes ainda fomentaram o debate, incluindo pela lente religiosa.
Fonte: Revista Educação.