Especialista explica que vestibulandos devem cuidar da saúde física e mental

André Freitas, autor, professor e gerente de projetos pedagógicos do Sistema pH comenta sobre a importância do descanso e sugere formas alternativas de estudo. Foto: Reprodução
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Para muitos, o mês de julho representa tranquilidade, com famílias se preparando para períodos de viagem, passeios e descanso durante o recesso escolar. Para os vestibulandos, porém, o calendário sinaliza uma contagem regressiva: seis meses já se passaram, enquanto o Enem e os vestibulares estão cada vez mais próximos.

Os últimos dois anos escolares ainda se destacam pelas consequências da pandemia, que afetou emocionalmente os estudantes e mudou a rotina em salas de aula em todo o país. “Esse cenário completo é uma bomba de ansiedade para os vestibulandos. Por isso, é muito importante um equilíbrio”, ressalta André Freitas, autor, professor e gerente de projetos pedagógicos do Sistema pH.

O Unicef avaliou o impacto da pandemia na saúde mental de brasileiros. De acordo com a pesquisa, três em cada dez jovens de 15 a 19 anos relataram sintomas de ansiedade. Por isso, levando em consideração a necessidade de autocuidado, Freitas elencou algumas atividades para colocar em prática nas férias sem sobrecarregar.

1. A diversão não é inimiga do aprendizado

Para o especialista, muitas vezes, o lazer cultural pode ser mais eficaz do que outros métodos de estudo mais monótonos frequentemente utilizados no dia a dia. “Aproveite o tempo para visitar um museu, ir ao cinema ou apreciar um show. Imagine que interessante seria aprender sobre história da arte vendo a obra ali, de perto, ou ver um cantor fazer críticas sociais contemporâneas por meio da música. Tudo isso é uma forma de estudo também”, ressalta André.

2. Livros, filmes e séries como repertório

Com uma rotina mais flexível, os estudantes podem utilizar as férias para colocar as leituras obrigatórias em dia. Mas o gerente também sugere livros que não estejam relacionados às provas, como histórias de aventura, romance, ficção, entre outros. “Ao ler, os jovens estimulam a criatividade, ampliam o vocabulário e aprendem a organizar melhor as informações de forma coesa. Tudo isso, é exigido durante uma redação, por exemplo”, pondera.

Freitas destaca que as plataformas de streaming também podem ser ótimas amigas. Filmes e séries que envolvam fatos históricos e críticas sociais são fontes alternativas para adquirir repertório histórico-cultural.

3. Saúde física e mental também fazem parte da preparação

Manter uma rotina saudável, com boa alimentação e exercícios, também faz parte da preparação para os vestibulares. “Ao negligenciar essa parte e exagerar nos estudos, os vestibulandos podem acabar chegando às vésperas da prova sem condições físicas de suportar o desafio. Isso vale para questões emocionais e mentais também”, reforça.

O especialista sugere que os jovens utilizem o tempo para organizar as matérias a longo prazo, para quando as férias acabarem, incluindo no cronograma exercícios, simulados e leituras mais densas para o futuro. “Ao invés de tentar uma rotina de revisões insustentável e frustrante, como muitos costumam fazer, o planejamento costuma ser mais eficaz. Assim, quando o estudante voltar à rotina escolar, estará pronto para seguir uma agenda organizada, sem desespero ou sensação de culpa”, finaliza.

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