Com recordes de internações por Covid-19 já nos primeiros dias do ano, Manaus decretou estado de emergência por 180 dias. A medida permite a contratação, sem licitação, de profissionais, serviços e compra de materiais para combater a pandemia.
Secretário estadual de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo afirmou à CNN que a capital sofre reflexos das “festividades de fim de ano”, que, segundo ele, foram as responsáveis pela alta do número de casos do novo coronavírus.
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“Estabelecemos um plano de contingência em cinco fases, infelizmente chegamos na quarta fase, que prevê restrições. Tentamos um decreto de restrição logo após o Natal e tivemos que flexibilizar. Estamos colhendo hoje os frutos das festividades, final de eleições e confraternizações de final de ano. E devemos ter ainda um aumento de procura de internações na rede [pública] pelo menos até o dia 15 de janeiro”, disse Campêlo.
Na terça-feira (5), o governo do Amazonas anunciou que o estado entrou em alerta roxo, nível que indica o maior risco de contaminação pela Covid-19. Em entrevista à CNN, o prefeito da capital amazonense, David Almeida (Avante), disse que a prefeitura está providenciando a construção, com urgência, de cerca de 22 mil covas. A cidade já registrou 83 mil casos e mais de três mil mortes pela doença.
Campêlo defendeu que o poder público tem atuado para minimizar os efeitos da pandemia no estado. “Nós estamos trabalhando aqui com aumento de leitos, a realidade não é diferente dos outros estados brasileiros. Nós já conseguimos, nos últimos 10 dias, aumentar mais de 455 leitos, sendo 100 de UTI. Estamos com um problema de recursos humanos, de intensivistas, mas hoje estamos autorizando a realizar o segundo contrato com profissionais de saúde da própria rede”, afirmou o secretário.
Fonte: CNN