Ex-general do Exército colombiano será acusado por 104 assassinatos

Segundo a promotoria, Montoya teria oferecido prêmios por resultados medidos 'em corpos' LEONARDO MUÑOZ / EFE
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O general aposentado Mario Montoya será processado pelas execuções de 104 civis apresentados falsamente como rebeldes mortos em combate durante seu período como comandante do Exército da Colômbia, entre 2006 e 2008, anunciou neste sábado (31) o Ministério Público do país.

“Vamos acusá-lo como mandante de homicídio qualificado de 104 dos chamados ‘falsos positivos'”, disse o procurador-geral Francisco Barbosa em entrevista à revista Semana. Ele se refere ao escândalo de que militares executaram milhares de civis entre 2002 e 2008 para fazê-los passar por guerrilheiros abatidos em meio ao conflito civil no país.

Segundo as investigações, esses assassinatos aconteceram entre 2007 e 2008 e cinco das vítimas eram menores de idade. “Todos os autores eram membros da ativa do Exército na época”, acrescentou Barbosa.

Conflito civil

Montoya se submeteu em 2018 ao Juizado Especial de Paz (JEP), que investiga os piores crimes acontecidos durante o conflito e que oferece penas alternativas à prisão para quem confessar seus crimes e ajudar na reparação às vítimas. Seu caso ainda não foi julgado.

Segundo a JEP, mais de 6,4 mil civis foram assassinados durante o governo de Álvaro Uribe por militares incentivados por um “body count”, uma contabilização de corpos que os premiava.

A acusação da promotoria busca “ajudar” o tribunal, que surgiu dos acordos de paz com as FARC em 2016, a esclarecer os crimes, disse o procurador.

Vários subordinados de Montoya admitiram diante do JEP que assassinaram civis que depois eram apresentados como rebeldes mortos em combate, em troca de dias de férias e outros benefícios.

O então major do Exército Gustavo Soto contou à AFP em 2020 que Montoya media os resultados operacionais “em mortos”.

Segundo Barbosa, o general aposentado “foi às tropas, aos batalhões, às divisões com a política de prêmios por essas execuções”.

O ex-comandante, no entanto, nega ter instigado os crimes e sua defesa afirma que “em nenhum momento existiu uma ordem ou diretriz ao Exército para atoz tão selvagens”.

AFP

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