A exposição “Se Este Piano Falasse’’ – Um conto sobre Celeste Ramos, retratará a vida da primeira pianista do Amazonas. O acervo conta com recortes de jornais e fotografias da época, além de vinte e oito fotografias em que a atriz, cantora e bailarina Evelyn Félix representa a pianista retratando o cenário da personagem naquela época. O projeto é idealizado pelo fotógrafo e artista visual Amazonense Tácio melo com apoio da Fundação Municipal de Cultura,Turismo e Eventos (Manauscult), e tem como curador Otoni Mesquita. A exposição ficará disponível para visitação, a partir do dia 25 de Abril, no Museu da Imagem e Som (Misam), no Palacete Provincial, na Praça Heliodoro Balbi ( Praça da Polícia) no centro de Manaus, com abertura oficial às 10h00 da manhã, a entrada é gratuita. Ao todo 14 profissionais participaram da produção.
No dia da exposição, uma mesa redonda será formada pelo idealizador, Tácio Melo e fotógrafos convidados. Eles debaterão sobre a produção e o processo criativo envolvido na reprodução da história de Celeste Ramos, irmã da violinista Ária Ramos, assassinada em 1915 em um baile de carnaval em Manaus.
Primeira Pianista do Amazonas
Celeste Ramos era filha de mãe Brasileira e pai Português, nasceu em Portugal, mas morava em Manaus e mesmo antes da inauguração do teatro Amazonas, em 1896, ela já dava seus primeiros passos na música clássica.
A vinda do pai para Manaus, por consequência da riqueza do ciclo da borracha deu a jovem grandes privilégios para sua desenvoltura na música e nas artes. Porém com a crise da borracha e a morte da irmã, Ária Ramos, assassinada no baile de carnaval de 1915, motivou a pianista a ir embora da cidade no ano de 1917, fazendo com que seu melhor amigo, ‘’o piano’’, fosse leiloado dias antes de sua partida.
Celeste Ramos na época, além de tocar piano, tocava harpa e violino e participou de diversos saraus em Manaus, Rio de Janeiro e em outros países.
Sobre o idealizador do projeto
Tácio Melo, é um artista e fotógrafo amazonense que iniciou seus trabalhos artísticos como autodidata com pinturas em técnicas óleo sobre tela aos oito anos de idade. Sempre inspirado em história, seus trabalhos desde cedo sempre remeteram ao universo literário.
À partir de 2011, o artista teve um grande interesse de realizar pesquisas
sobre o passado da cidade de Manaus e, em uma visita aos túmulos do cemitério São João Batista, passou a conhecer e pesquisar a história da violinista Ária Ramos, que deu origem ao conto ‘‘A Última Valsa’’, transformado em roteiro de curta e longa metragem, inspirando a produção fotográfica ‘‘A Última Canção’’, criado em 2014 e, realizado somente em 2016 com exposição no Museu Paço da Liberdade.
Com informações assessoria