O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador do Rio, Carlos Bolsonaro (Republicanos), reagiram às recentes declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que demonstraram uma tentativa de distanciamento da imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
As declarações ocorreram em um evento na segunda-feira (25/09), onde Zema apontou diferenças entre ele e Bolsonaro, incluindo suas atuações na pandemia de COVID-19 e a presença de familiares na política. Zema também defendeu a “união da direita” em um congresso no fim de semana.
Eduardo Bolsonaro e Carlos Bolsonaro criticaram as declarações do governador. Eduardo argumentou que ele e seus irmãos foram eleitos graças à influência de seu pai e que “Família para lá, negócios para cá” não se aplicam a eles. Carlos chamou Zema de “insosso e malandro” e o comparou a João Doria, citando o pedido de desculpas do ex-governador de São Paulo a Lula.
Zema também mencionou suas posturas durante a pandemia, que foram contrárias às de Bolsonaro. Ele tomou quatro doses de imunizante contra a COVID-19 e incentivou a vacinação em Minas Gerais. O governador afirmou que tem “muito mais proximidade” com Bolsonaro do que com os governantes anteriores de Minas, do PT.
Desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Bolsonaro inelegível, o campo da direita tem debatido quem poderia ser seu sucessor nas eleições futuras. Bolsonaro tem atuado ao lado de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, para costurar candidaturas em 2024.
Além disso, nomes como Zema e Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, também buscam a influência bolsonarista para as eleições de 2026, embora a fidelidade ao ex-presidente esteja em risco devido às investigações e à inelegibilidade. Entre as investigações, está o caso das joias sauditas e as acusações de liderar um esquema de venda de bens de alto valor recebidos em agendas oficiais.
