Após dizer que o atleta russo poderia competir sob bandeira neutra, a equipe de Fórmula 1 Haas divulgou que rescindiu seu contrato com Nikita Mazepin, reforçando seu pedido de paz na Ucrânia.
A escuderia, sediada nos Estados Unidos, já havia rompido o vínculo com o patrocinador principal Uralkali, uma empresa russa de fertilizantes de propriedade parcial do pai de Mazepin, com efeito imediato à medida que a guerra na Europa Oriental tomou corpo.
Na semana passada, a FIA considerou proibir Mazepin, de 23 anos, de competir no campeonato desta temporada, depois que o Comitê Olímpico Internacional recomendou proibições esportivas para todos os atletas russos e bielorrussos de eventos internacionais. Paratletas dos Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim, iniciados ontem (04/03), tiveram suas incrições revogadas por ameaças de boicote vindas de atletas de outras nações.
A FIA decidiu então não banir Mazepin e, em vez disso, disse que ele poderia competir sob uma bandeira neutra, mas o piloto agora foi dispensado por sua equipe Haas. “A equipe Haas F1 optou por rescindir, com efeito imediato, a parceria do título de Uralkali e o contrato de piloto de Nikita Mazepin”, dizia um comunicado. “Assim como o resto da comunidade da Fórmula 1, a equipe está chocada e triste com a invasão da Ucrânia e deseja um fim rápido e pacífico para o conflito.”
O pai de Mazepin, Dmitry, é um oligarca com laços estreitos com Vladimir Putin e participou de uma reunião individual com o presidente russo no mesmo dia em que lançou uma invasão militar da Ucrânia.
O substituto do piloto russo será o brasileiro Pietro Fittipaldi, o que representa o retorno do país ao grid, que não vê um piloto com a bandeira verde e amarela correndo desde 2017.
Fonte: Monet