Os senadores do chamado G7 , o grupo que liderou os trabalhos da CPI da Covid no Senado, devem reunir na noite desta segunda 18/10 para avaliar o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL). O clima entre os membros da comissão parlamentar teria esquentado no fim de semana com o vazamento para imprensa de parte das conclusões do relatório, o que teria deixado presidente e vice contrariados com o relator.
Para evitar o engavetamento do relatório pelo Procurador-Geral da República Augusto Aras, Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) querem tirar do relatório a tipificação de crime de genocídio para o presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o jornal o Globo, houve uma forte discussão no grupo de whatsApp dos senadores da CPI por conta das atitudes de Renan Calheiros. O senador alagoano estaria aproveitando os holofotes dos momentos finais da Comissão Parlamentar para “se promover politicamente”.
Em entrevista ao site Uol, no fim de semana, o presidente da CPI Omar Aziz declarou que precisa ser convencido de que Bolsonaro praticou crime de genocídio.
O procurador-geral Augusto Aras também falou à imprensa no fim de semana. À Band ele disse que não irá se omitir quanto as acusações que serão relatadas pela CPI em relação ao presidente Jair Bolsonaro. “Serão tomadas todas as providencias…Posso pecar pela ação mas não pela omissão” disse Aras.
Também no fim de semana o senador Omar Aziz, previu que o relatório final da CPI da Covid deve ser apresentado na quarta-feira (20/10) e votado na semana seguinte , em 26/10.
Para esta segunda (18/10), estão previstos relatos de vítimas da Covid 19 de vários estados brasileiros. Os senadores vão ouvir pessoas que tiveram a doença e ficaram com sequelas e parentes de falecidos, vítimas do vírus.