Depois da eliminação polêmica nas semifinais, Gabriel Medina voltou para a água contra o australiano Owen Wright para definir o destino da medalha de bronze.
Para quem está acostumado a acompanhar o surf nos campeonatos da WSL, a disputa do Bronze (ou do terceiro lugar) é uma novidade.
Outra coisa incomum, é ver Gabriel Medina cabisbaixo. Na apresentação dos surfistas, cerimônia antes da bateria, ficou claro um certo desconforto do surfista de Maresias. Justificável é claro.
Gabriel Medina x Owen Wright – descrição da bateria
Depois de algumas ondas de pouca expressão, Gabriel Medina faz seu primeiro aéreo, em uma onda que iniciou com uma rasgada. O aéreo foi alto, com um retorno um pouco desequilibrado, valeu 6,43 (eu achei pouco).
Owen também havia pego uma boa onda que lhe rendeu um 6,50, com rasgadas e lay backs que são uma excelente forma de montar uma boa base de notas. Isso colocou o australiano na dianteira da bateria.
O mar é um ponto importante desta bateria, estava muito ruim, um liquidificador que exigia remada e sorte. Talvez mais sorte.
Isso era perceptível pois faltando pouco mais de 10 minutos para o final, ambos os surfistas tinham que trocar suas segundas notas, que estavam na casa dos 3 pontos.
Medina a partir daqui parece ter mudado a estratégia, os aéreos deram lugar a muitas manobras de borda, boas rasgadas e batidas, o sentimento na hora era que a bateria ia virar pro brasileiro… Valeu 5,77.
Mas Owen Wright deu uma resposta imediata para a esquerda. Com bastante fluidez o australiano jogou muita água nas batidas, valeu 5,47, segurou sua liderança na batera.
Medina passa então a precisar de um 6 alto, para conquistar a medalha. E o aéreo finalmente saiu, a onda não deu muita possibilidade de velocidade, por isso valeu apenas 6 pontos. Não era o bastante para a virada.
Com este resultado, o australiano Owen Wright conquistou o Bronze Olímpico e Gabriel Medina volta para casa com o gosto amargo das notas que não vieram.
LIVRE SURF | por Livre Surf