O Hospital Delphina Aziz recebeu, na manhã deste sábado (31), a montagem de 30 novos leitos de UTI que serão abertos para pacientes com Covid-19. A unidade, referência para tratamento da doença no estado, chegou a ter 98% de ocupação em leitos de UTI no domingo (25).
Até este sábado (30), mais de 161 mil pessoas haviam sido infectadas pela Covid-19 no estado. Um aumento de internações pela doença levou o estado a prorrogar, por mais 30 dias, o funcionamento de bares e balneários.
O aumento de leitos no Delphina Aziz faz parte do plano de organização da rede estadual de saúde para o período sazonal das Síndromes Respiratórias Agudas Graves (Srag), que acontece entre novembro e junho no Amazonas.
A meta, nessa fase inicial, é aumentar em 26% a oferta de leitos de UTI para Covid-19 na rede estadual, passando de 120 para 162.
“Nós estamos hoje terminando a montagem de leitos aqui no Delphina Aziz, amanhã 10 leitos de UTI estarão já em funcionamento, já à disposição para receber os pacientes, e até o dia 15 nós teremos concluídos mais 20 leitos”, afirmou o governador Wilson Lima, por meio de assessoria.
O plano da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) também prevê a ampliação de leitos na rede complementar. Nesta primeira fase, estão sendo implementados outros 10 leitos no Hospital Beneficente Português e dois no Instituto de Saúde da Criança do Amazonas (Icam).
Em paralelo, a SES-AM informou que já iniciou os procedimentos administrativos de preparação da rede para a segunda fase do plano, que será acionada conforme o cenário epidemiológico. Detalhes sobre essa segunda fase não foram informados.
A primeira onda ocorreu durante os meses de abril e maio, quando o sistema público de saúde entrou em colapso, com quase 100% de ocupação. A capital amazonense acabou sofrendo colapso, também, no sistema funerário e o número de mortes ficou 108% acima da média histórica.
Os dois hospitais abertos emergencialmente em Manaus para atender apenas casos de Covid-19 já foram fechados. No dia 23 de junho, a Prefeitura anunciou o fechamento do hospital de campanha e, no dia 16 de julho, o governo fechou o Hospital de Combate à Covid-19, Hospital Nilton Lins.