Indígenas dos municípios de Tabatinga, Benjamin Constant e Atalaia do Norte, no Alto Solimões, agora fazem parte do quadro de produtores credenciados para fornecer gêneros alimentícios às escolas estaduais do Amazonas, por meio do Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme).
Em Tabatinga, 53 residentes da terra Tukima Umariaçu, primeira a ser reconhecida como terra indígena no Alto Solimões, segundo dados da Fundação Nacional do Índio (Funai), foram cadastrados para abastecer a Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc) com hortifrutis como cheiro verde, pimentão, melancia, banana prata e pacovã, abacaxi, farinha branca e amarela, macaxeira, dentre outros itens regionais já cultivados pela comunidade, que abriga as etnias Kokama e Tikuna.
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Um dos interessados em escoar a produção rural junto à ADS é Edmir Ricopa, 48 anos, morador da comunidade Umariaçu-1, na margem esquerda do Rio Solimões. Vivendo da agricultura, ele conta que aprendeu a cultivar a terra com os pais e pretende investir na propriedade com a renda do programa.
“Eu planto macaxeira, abacaxi e banana pacovã com ajuda dos meus filhos. Com esse dinheiro eu quero voltar a plantar arroz como eu fazia antes. É muito importante pra gente essa oportunidade, porque a gente pode contar com uma renda extra”, explicou.
Durante os quatro dias de força-tarefa, a comitiva passou, ainda, por Atalaia do Norte, onde credenciou sete produtores rurais indígenas. Já em Benjamin Constant, 19 produtores rurais se mostraram interessados em escoar a produção rural por meio do Preme. Ao todo, 79 cadastros foram realizados no Alto Solimões, com o apoio do Instituto de Desenvolvimento agropecuário e florestal sustentável do Amazonas (Idam).