O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda referente a julho. Os dados revelam que famílias de alta renda tiveram uma inflação de 0,50%, enquanto as de renda muito baixa experimentaram uma deflação de 0,28%.
No acumulado do ano até julho, as famílias de renda muito baixa apresentam a menor taxa de inflação (2,2%), enquanto as de renda alta têm a maior variação registrada (3,5%).
Os números destacam que os principais alívios inflacionários no mês vieram dos grupos de alimentos e bebidas e habitação. A queda significativa nos preços dos alimentos no domicílio aliviou a inflação, especialmente para famílias de renda mais baixa. Por outro lado, o aumento de 4,8% no preço da gasolina pressionou a inflação no grupo de “transportes”.
Comparando com julho de 2022, o estudo mostra uma piora na inflação para todas as faixas de renda, devido principalmente ao reajuste dos combustíveis neste ano. As famílias de renda mais alta foram mais afetadas, já que o aumento dos combustíveis e outros fatores anularam os efeitos positivos da deflação nos alimentos e na energia elétrica.
Em relação aos dados acumulados em 12 meses, todas as classes de renda apresentaram uma aceleração na inflação. As famílias de renda muito baixa têm a menor variação no período (3,4%), enquanto as de renda alta possuem a maior (5,1%). O grupo saúde e cuidados pessoais exerceu a maior pressão inflacionária nos últimos 12 meses, devido aos reajustes nos produtos farmacêuticos, artigos de higiene e planos de saúde.