O presidente Jair Bolsonaro declarou, na última sexta-feira (15/04), que acordo feito entre WhatsApp e Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “não será cumprido” e classificou como censura. A fala ocorreu em uma motociata com seus apoiadores em São Paulo.
“Isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora, abrir uma excepcionalidade para o Brasil, isso é inadmissível, inaceitável, e não vai ser cumprido, este acordo que por ventura eles realmente tenham feito com o Brasil, com informações que eu tenho até o presente momento”, disse o atual mandatário.
Em fevereiro deste ano, a plataforma de troca de mensagem e o Tribunal firmaram acordo para o combate de disseminação de informações falsas. Conforme o TSE anunciou, a ação tem o objetivo de “garantir a legitimidade e a integridade das Eleições Gerais de 2022″.
Nesta quinta-feira (14/04), o WhatsApp anunciou que irá expandir o limite de usuários em comunidades do aplicativo. Hoje em dia é permitido apenas 265 usuários por grupo, o novo recurso possibilitaria até 10 grupos, ou seja, 2.560. No entanto, no Brasil, a atualização só será feita após o encerramento do segundo turno das eleições.
“Cerceamento, censura, discriminação. Isso não existe. Ninguém tira o direito de vocês nem por lei, quem dirá por acordo. Esse acordo não tem validade. Sabemos como proceder”, disparou Bolsonaro.