‘Isso foi uma execução’, diz pai de estudante de psicologia morta no AM

Foto: Divulgação
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“Ele executou a minha filha, atirou nela por trás e não deu chance para ela se defender”. É assim que Homero Luis de Oliveira, pai da acadêmica de psicologia Thalia Oliveira, 18, – morta com um tiro na nuca disparado pelo sargento da Polícia Militar do Amazonas Rosivaldo Oliveira, por volta das 5h da manhã do último domingo, no município de Rio Preto da Eva (distante 80 quilômetros de Manaus) – define o caso.
Ainda abalado emocionalmente, Homero disse para A CRÍTICA que vai fazer o que for possível para cumprir a promessa que fez diante do caixão da filha: irá até onde as suas forças derem para fazer justiça com o autor do tiro que a matou. Ele disse que está acompanhando os procedimentos na delegacia e que está correndo atrás de testemunhas que viram quando o militar atirou.
De acordo com Homero, Thalia voltava para casa na garupa da motocicleta de um amigo identificado como “Caio” e, quando passou por uma barreira de contenção de velocidade, o sargento fez o disparo que acertou a nuca da moça. Ela caiu da motocicleta e morreu.
Inicialmente a versão sobre o crime apresentada pelos policiais é que Caio rompeu uma blitz policial e não atendeu o sinal para parar. O pai desmente dizendo que testemunhas garantem que no local não havia nenhuma blitz, o que havia era uma viatura parada no local, o sargento estava fora da viatura, mas não vestia o colete luminoso, não tinha sinalizador e nem apito.
“Eu não estou dizendo que foi a Polícia Militar que executou a minha filha, mas um policial despreparado que fez isso com ela”, disse Homero. O que está deixando o pai revoltado é que, depois de ir espontaneamente à delegacia, o sargento prestou depoimento, entregou a arma usada na ocasião e foi liberado. “Se fosse eu que tivesse matado uma pessoa e fizesse o que ele fez, teria ficado preso”, disse.
Homero disse que está se recuperando e vai procurar a Justiça, Ministério Público, a OAB e o que for necessário para que o crime de Thaila não seja esquecido e que o responsável por sua morte seja julgado e condenado pelo crime que cometeu.
Investigação
A morte de Thaila Oliveira está sendo investigada pelos policiais civis da 36ª Distrito Integrado de Polícia (DIP), do município, e presidido pelo delegado Walter Cardoso. O delegado disse que já instaurou inquérito policial  do caso e começou a ouvir testemunhas. Ontem à tarde, ele ouviu o jovem  Caio, que era o piloto da motocicleta.
Caio disse em depoimento  que não havia blitz no local apenas uns tambores, que não houve abordagem nenhuma, que ouviu o barulho do disparo feito pelo sargento e por isso fugiu, depois pediu ajuda de uns colegas que foram ao local e encontraram Thalia caída morta.
De acordo com o delegado do município, logo depois de ter atirado contra a estudante, o militar compareceu espontaneamente ao DIP, onde entregou a arma, uma pistola calibre ponto 40 pertencente à Polícia Militar e, em depoimento, confessou que o disparo que acertou a universitária na nuca foi de sua autoria, mas que foi acidental. Depois de indiciado, foi colocado em liberdade.
Dois mortos em menos um mês
Em menos de um mês, dois jovens de 18 anos foram mortos vítimas de disparos de arma de fogo durante ações de policiais no interior do Amazonas. Os PMs suspeitos de cometerem os crimes foram afastados das próprias funções. Um deles foi preso e já tinha sofrido inquérito por abuso de autoridade. Nas ocorrências, respectivamente, as vítimas foram alvejadas nas costas e na cabeça.
O primeiro caso aconteceu no dia 28 de julho no município de Jutaí (município distante 749 quilômetros em linha reta de Manaus). O jovem de 18 anos, identificado como Sharley Sales Mendes Junio, foi morto por um cabo da PM, no momento que trafegava pela contramão em uma rua da cidade. Um dos tiros deles atingiu as costas da vítima que veio a óbito no local.
O caso mais recente aconteceu nesse domingo Thalia Oliveira, de 18 anos, voltava com um amigo de uma festa em um posto de combustível em uma motocicleta e quando passavam por um redutor de velocidade o sargento da Polícia Militar identificado o como Rosivaldo Oliveira, fez um disparo, de acordo com ele acidentalmente, que acertou a nuca da moça. Ele está em liberdade.
Fonte: Portal A Crítica

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