Um dos mais respeitados jornalistas esportivos dos Estados Unidos morreu durante a partida entre Argentina e Holanda, na sexta-feira (10/12). No Catar, Grant Wahl (48) cobria sua oitava Copa do Mundo. O jornalista desmaiou no estádio Lusail, com um mal súbito, e a equipe de emergência não conseguiu ressuscitá-lo. Ainda não se sabe exatamente a causa da morte.
Na sua conta no Twitter, com mais de 850 mil seguidores, o norte-americano chegou a publicar imagens do confronto em que morreu.
Especialista em futebol, Wahl havia relatado problemas de saúde nos últimos dias. E chegou a ir a um hospital no país, onde recebeu o diagnóstico de bronquite.
“O meu corpo, finalmente, cedeu. Três semanas de pouco sono, estresse elevado e muito trabalho podem fazer isto”, contou ele em seu blog.
Segundo o relato, um resfriado piorou na semana passada, durante o jogo entre Estados Unidos e Holanda. “O que tinha sido um resfriado nos últimos 10 dias se transformou em algo mais severo na noite do jogo EUA-Holanda, e eu podia sentir minha parte superior do peito assumir um novo nível de pressão e desconforto.
Wahl contou que fazia exames regularmente e não estava com Covid. Mesmo assim, foi ao hospital: “Eles me deram antibióticos e um xarope para tosse forte, e já estou me sentindo um pouco melhor algumas horas depois. Mas ainda assim: No bueno”.
A esposa de Wahl, Celine Gounder, afirmou estar em “choque completo”. “Estou muito grata pelo apoio da família de futebol do meu marido, Grant Wahl, e de tantos amigos que entraram em contato esta noite”, escreveu ela no Twitter.A Federação de Futebol dos Estados Unidos também afirmou que todos estavam com “o coração partido”. “Os fãs de futebol e jornalismo da mais alta qualidade sabiam que ele sempre poderia contar com Grant para contar histórias perspicazes e divertidas sobre nosso jogo e seus principais protagonistas: times, jogadores, treinadores e as muitas personalidades que tornam o futebol diferente de qualquer outro esporte”, disse a associação em comunicado.
O jornalista havia sido notícia nos últimos dias por dois motivos. Primeiro, esteve entre os 82 jornalistas homenageados pela Fifa e pela associação internacional de imprensa esportiva AIPS por participar de oito ou mais Copas do Mundo.
Formado em Princeton, em 1996, e com passagem pela tradicional revista Sports Illustrated, Wahl também ficou detido em um estádio no Catar por vestir uma camisa arco-íris em apoio à comunidade LGBTQIA+.