Justiça condena Apple a fornecer carregador para iPhone 12

Carregador de iPhone vendido no Brasil funciona na Europa Foto: Paulo Higa/Tecnoblog / Tecnoblog
Compartilhe

A Apple foi condenada na Justiça a fornecer um carregador a um cliente que comprou um iPhone 12 Pro Max em Itanhaém, na região da Baixada Santista (SP). Os juízes que julgaram o caso determinaram que houve venda casada por parte da fabricante, já que o adaptador, necessário para o funcionamento do aparelho, precisou ser comprado à parte. O consumidor, que gastou quase R$ 7 mil no celular, ainda pediu por uma indenização em danos morais, mas a Justiça negou o pagamento da multa.

Juízes reconhecem que Apple praticou “venda casada”
O cliente entrou na Justiça contra a Apple por danos morais após comprar um iPhone Pro Max 128 GB azul em julho de 2021. Como de costume, todos os aparelhos da linha de smartphones da fabricante a partir do iPhone 11 vêm sem o carregador. De acordo com a empresa, essa medida foi tomada com a finalidade de proteger o meio ambiente.

Entretanto, os três juízes da 2ª Turma Cível e Criminal do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) que foram responsáveis por julgar o caso observaram que o carregador é um produto “imprescindível” para a utilização do iPhone 12 Pro Max.

Pelo fato de o consumidor precisar comprar um carregador extra para aproveitar seu aparelho, os juízes alegaram que há “venda casada bem caracterizada”.

A Apple acabou não se manifestando sobre o processo no prazo determinado pela Justiça. Por não apresentar provas ou sequer uma contestação ao TJSP, os juízes acabaram por considerar apenas a palavra do consumidor, que alega ter sido prejudicado pela ausência do carregador. A companhia só se manifestou após ter sido condenada, mas a Justiça negou o recurso à sentença.

Segundo o processo, o cliente queria uma indenização por danos morais porque, sem o carregador do iPhone 12 Pro Max, foi paralisado em uma porta de detecção de metais de uma agência bancária. Mas a Justiça reconheceu que a Apple não deveria pagar multa ao consumidor.

Na sentença, os juízes entenderam que esse acontecimento não é o suficiente para a condenação e o dever de indenizar. Segundo os magistrados, deve haver um “fato extraordinário”, que seja atípico dos eventos do dia a dia.

“A situação por ele vivida, embora desconfortável, não foge à normalidade das relações cotidianas e dos dissabores impostos a qualquer pessoa que vive em uma sociedade moderna”, diz a sentença.

Apple enfrenta pressão por iPhone sem carregador
Não é a primeira vez que a Apple enfrenta processos na Justiça por não fornecer o carregador junto com o iPhone. Em novembro, a empresa foi condenada a pagar uma indenização por danos morais em R$ 3 mil e a fornecer um carregador a uma cliente na Bahia que comprou um iPhone 11 de 64 GB.

A companhia também está enfrentando pressão do Ministério da Justiça por oferecer o iPhone sem o acessório. Em dezembro, a Apple recebeu uma notificação da pasta por não incluir o carregador em compras do aparelho. A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) acusa a fabricante de venda casada e prática abusiva, e pediu para que os Procons estaduais e municipais tomem “medidas cabíveis” contra ela.

No caso de Itanhaém, o consumidor deve receber o carregador da Apple no prazo de 15 dias, conforme a decisão do TJSP.

Com informações: Migalhas

 

Voce pode gostar também!

Conheça meus serviços

É um serviço especializado realizado por mim Jornalista Marcela Rosa , especialista em telejornalismo e produção de vídeos e textos para vídeos e TV, Na minha mentoria on line eu vou te orientar de forma individualizada nos seus trabalhos de vídeo ou ainda de textos para TV ou internet.

Saiba mais

Nas Redes Sociais, como jornalista,eu atuo de uma forma diferenciada. Na verdade, uso a minha imagem e o meu texto (fala) como “referência” digital para produtos e serviços que coadunam com meu perfil de mulher adulta, mãe e profissional da comunicação.

Saiba mais

O Cerimonial de uma jornalista busca sempre aliar competência e credibilidade com a imagem e a voz que vão representar empresas e organizações.

Saiba mais

O meu maior Knowhow é sem dúvida a produção, redação e apresentação de vídeos jornalísticos. E todo este conhecimento é reproduzido nas propostas institucionais.

Saiba mais