Depois que as correntes foram cortadas para liberar a estrada e o bloqueio da base indígena que controla o tráfego na divisa que liga Manaus (AM) a Roraima (RR), a Justiça determinou que a corrente de bloqueio noturno da BR-174, seja imediatamente devolvida aos indígenas da etnia Waimiri Atroari.
O descumprimento da decisão, que tem 48 horas de prazo para ser cumprida, pode acarretar em multa diária de R$ 50 mil. A decisão atendeu a um pedido da procuradora da República, Manoela Lopes Lins Cavalcante.
Bloqueio havia sido derrubado
O deputado estadual Jeferson Alves (PTB-RR) já havia derrubado o bloqueio da base indígena que controla o acesso à BR-174, nesta sexta-feira, 28, com uso de uma motosserra e um alicate de pressão.
Durante o ato, o deputado afirmou que “nunca mais” a rodovia iria ser fechada. “Presidente Bolsonaro, é por Roraima, é pelo Brasil, não a favor dessas ONGs que maltratam meu Estado”, afirmou .
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Segundo os indígenas o controle é realizado para proteger animais e os próprios povos de atropelamentos. A iniciativa de controlar o tráfego na BR-174 partiu do Exército, quando ainda era responsável pelos postos de vigilância. A medida de controle, apesar das críticas, faz parte do Subprograma de Proteção Ambiental do Programa Waimiri-Atroari, e tem por finalidade controlar o tráfego nas estradas existentes dentro da terra indígena e evitar ações predatórias da fauna.
Hoje, vivem cerca 2,1 mil índios da região, espalhados em 56 aldeias.
Rodovia com horário
O bloqueio na rodovia é feito, todos os dias, de 18h30 às 5h30. Nesse período fica restrita a passagem de veículos, exceto ambulâncias, carros de autoridades públicas, ônibus e outras situações de emergência. Até as 22h também é liberada a passagem de caminhões com cargas perecíveis.
