A Justiça inicia nesta segunda-feira (20/03) as audiências para decidir se os acusados de matar o indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista Britânico Dom Phillips vão a júri popular, em Tabatinga, no Amazonas.
As audiências estavam marcadas para os dias 23, 24 e 25/01, mas não aconteceram por problemas técnicos.
Nos três dias de audiência, serão ouvidas 15 testemunhas. O depoimento dos três acusados acontecerá por videoconferência.
Na audiência de instrução e julgamento, o objetivo é verificar se as provas testemunhais colhidas durante a fase do inquérito policial são robustas ou não para irem a júri popular.
No processo, o Ministério Público Federal denunciou Amarildo da Costa Oliveira, conhecido pelo “Pelado”; Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Dantos”; e Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha” pelo assassinato das vítimas.
Segundo os cinco procuradores da República que cuidam do caso, Pelado e Lima confessaram ter participado do crime, enquanto o envolvimento de Oliveira foi caracterizado a partir dos depoimentos de testemunhas. Além disso, os procuradores anexaram à denúncia cópias de mensagens que os réus trocaram entre si.
De acordo com o MPF, já havia registro de desentendimentos anteriores entre o ex-servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai), Bruno Pereira, e Pelado, que é suspeito de envolvimento com a pesca ilegal na região. Os procuradores afirmam que Bruno e Dom foram emboscados e mortos depois que Bruno pediu a Dom que fotografasse o barco dos acusados, de forma a atestar a prática de pesca ilegal.
Ainda segundo o MPF,Bruno foi morto com três tiros e Dom foi assassinado por estar junto com Bruno no momento do crime.