A edição de junho da Live de Tecnologia Social, organizada pelo Projeto Rede Amazônica de Tecnologia Social do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), tem como pauta o projeto de irrigação com potes de argila em sistema agroflorestal experimental, denominado IrrigaPote.
A live será no próximo dia 30 (sexta-feira), com transmissão às 9h (horário de Manaus), pelo canal do YouTube/InpadaAmazonia.
Com o tema “Tecnologia de irrigação com potes de argila em sistema agroflorestal experimental”, o projeto será apresentado pela professora da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) Daniela Pauletto e pela pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, Lucieta Guerreiro Martorano. A live será mediada pela coordenadora do projeto Rede Amazônica de Tecnologia Social e coordenadora de Tecnologia Social do Inpa, Denise Gutierrez.
Segundo Lucieta Martorano, coordenadora do IrrigaPote no Brasil, a tecnologia é cientificamente adaptável para cada cultura e região. Para irrigar as plantas, os potes de barro são enterrados próximos às lavouras. “A água da chuva é captada por calhas, armazenada em reservatórios (caixas d’água) e direcionada aos potes de barro por meio de tubos conectados, permitindo aproveitar a água da chuva de forma adequada, garantindo uma colheita bem-sucedida”, explica a coordenadora.
De acordo com Gutierrez, a tecnologia é extremamente importante para tratar a escassez de água, diante dos problemas vividos por agricultores familiares. “É uma excelente alternativa com princípios e arranjos tecnológicos simples, de fácil aplicação e socialização entre as comunidades”, ressaltou.

Tecnologia IrrigaPote
O IrrigaPote é uma colaboração entre a Embrapa Amazônia Oriental, no Pará, e a Universidade de Makelle, na Etiópia. A proposta é oferecer soluções de baixo custo, sustentáveis e de fácil adoção para lidar com a seca em áreas de produção de alimentos.
A tecnologia utiliza potes de argila, permitindo que os agricultores armazenem água nos potes. Isso possibilita que as plantas próximas possam absorver apenas a quantidade necessária para sua sobrevivência diária.
“A instalação do equipamento envolve o uso de potes de barro sem impermeabilização, juntamente com tubos, conectores, calhas e reservatórios de água”, explica Daniela Pauletto.
Uma diferença entre o modelo brasileiro e o africano é que, na região africana, a água flui automaticamente dos reservatórios para os potes, graças às bóias semelhantes às usadas em descargas sanitárias.
Inscrições
Para se inscrever, clique aqui. Os inscritos com efetiva participação receberão Declaração de Participação de 2 horas.
Sobre a Rede Amazônica de Tecnologia Social
Financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Projeto Rede Amazônica de Tecnologia Social procura consolidar o sistema de inovação e o desenvolvimento social na região amazônica.