A cantora Luísa Sonza, processada por uma advogada negra que foi confundida como empregada, comentou pela primeira vez sobre o acontecido e afirmou que tomou a decisão de solicitar uma audiência especial para resolver amigavelmente o processo, “acatando o valor pedido pela autora”. O caso teria acontecido em 2020.
Luísa disse que resolveu ficar em silêncio desde 2020, quando o caso veio à público, para poder refletir e conversar com pessoas para entender melhor o que acontecia.
“Aprendi a ver, mais a fundo, a história por outra perspectiva e perceber a dor do outro. Me coloquei no lugar. E entendi que precisa ser sempre assim. Me dei conta de que todos, até mesmo pessoas como eu, que se reconhecem como aliadas às questões sociais, precisam sempre estudar mais e buscar por mais conhecimento”, disse.
“Estou lidando com essa situação como uma oportunidade para tentar ser melhor, como sempre tentei fazer todas as vezes que alguma coisa aconteceu comigo. Eu não tenho medo de colocar os meus privilégios, que reconheço que tenho, à disposição para chamar atenção para essas questões sociais e tentar diminuir qualquer tipo de discriminação”, emendou.
Sonza foi denunciada em 2020 por Isabel Macedo de Jesus, uma advogada negra que diz ter sido confundida com uma funcionária da pousada onde as duas estavam, durante um evento, em Fernando de Noronha, dois anos antes.
A cantora, segundo Isabel, teria pedido para que ela fosse buscar buscar um copo d’água, além de dar tapinhas em seu braço para que não demorasse.
À época, o advogado de Sonza, José Estavam Macedo Lima, afirmou que as acusações eram “falsas, inverídicas” e viriam em “um momento oportunista em razão do crescimento exponencial da carreira da artista.”