Lula ignora atos de 29 de maio contra Bolsonaro; esquerda viveu ‘dilema’ sobre ir às ruas

Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ignorou ao longo deste sábado as manifestações de 29 de maio organizadas por grupos de esquerda. Nenhuma menção aos atos foi publicada em suas redes sociais e ele não participou das manifestações a despeito do apoio de seu partido à mobilização.

O rosto e o nome de Lula, além da estrela do PT, foram figuras comuns de se ver nas ruas neste sábado, em que a principal bandeira levantada pelos manifestantes era o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Atos foram registrados em 170 cidades do País na principal mobilização nacional da esquerda contra Bolsonaro desde o início da pandemia.

O silêncio acontece após um período em que a oposição se dividiu em relação à organização dos atos. Pressionados pelas mobilizações em defesa do governo Bolsonaro nas últimas semanas, líderes de movimentos sociais, centrais sindicais e partidos de oposição decidiram abandonar o “fique em casa” na pandemia e ir às ruas. Houve resistência e discordâncias. O próprio PT não participou ativamente das chamadas para as manifestações. Por fim, declarou apoio à ida às ruas e convocou sua militância, destacando a necessidade de cuidados como máscaras e distanciamento social.

O “dilema” da esquerda foi perceptível em discursos neste sábado. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, participou pessoalmente do ato em São Paulo e classificou a volta às ruas como um “ato extremo”. Em discurso em frente ao Masp, ela saudou a formação de uma “Frente Fora Bolsonaro”, incluindo os demais partidos de esquerda e movimentos sociais que participaram do ato. “Acompanhamos a situação crítica da pandemia e do nosso povo. Decidimos um ato extremo, um ato de rua, com todos os cuidados, para mostrar solidariedade ao povo brasileiro. Quem está errado não é quem está aqui. Quem está errado é Jair Messias Bolsonaro.”

Para alguns petistas, como revelou o ‘Estadão’, o desgaste de Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto para 2022 deve perdurar até o próximo ano, o que seria interessante do ponto de vista eleitoral, já que Lula é apontado como o principal adversário de Bolsonaro até aqui. Conforme informou a Coluna do Estadão, sob esse ponto de vista, o ideal para esta ala petista seria “deixar sangrar” o presidente até a eleição.

Líder do Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e candidato à Presidência em 2018 pelo PSOL, Guilherme Boulos afirmou que não se pode esperar até o próximo pleito: “Ninguém queria estar na rua no meio de uma pandemia. Bolsonaro não deixa outra alternativa. Estamos na rua para defender vidas. Nós não vamos esperar sentados até 2022. É só o começo.”

Nas redes sociais, o silêncio de Lula foi notado por alguns usuários e o tema gerou embates. Apoiadores disseram que se trata de uma estratégia acertada. Críticos apontaram omissão.

Estadão

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