A seca severa no Amazonas está afetando cada vez mais pessoas no estado, com o último boletim de estiagem do governo, divulgado nesta segunda-feira (16/10), relatando que 557 mil pessoas já sofrem as consequências. A situação é especialmente crítica em Manaus, onde a cidade enfrenta a pior seca em mais de 120 anos de história.
De acordo com a Defesa Civil Estadual, até as 14h de segunda-feira, 50 municípios estavam em situação de emergência, 10 em alerta e apenas 2 em normalidade. Um total de 138 mil famílias foram afetadas pela estiagem.
No mesmo dia, o rio Negro superou a marca histórica de 2010 ao atingir 13,59 metros, quatro centímetros abaixo do recorde anterior de 13,63 metros. A diminuição do nível do rio tem sido significativa, caindo 32 centímetros entre sábado e segunda-feira, com uma diminuição de 13 centímetros no sábado, 9 no domingo e 10 na segunda-feira.
Enquanto o Rio Negro seca em Manaus, o Rio Solimões, em Tabatinga, inicia o fenômeno do “repiquete”, que envolve a subida e a descida das águas ocorrendo simultaneamente. A situação se reflete em Iquitos, no Peru, onde o Rio Amazonas também oscila.
A Gerência de Encaminhamento e Acompanhamento (GEA) que monitora a vazante dos rios Negro e Amazonas prevê que o volume dos rios continuará a diminuir até o final deste mês. A seca representa um desafio significativo para a região e suas populações.