Marcha com artistas dá novo impulso a protestos na Colômbia

Pessoas participam de marcha contra o governo em Bogotá, na Colômbia, neste domingo (8) — Foto: Luisa Gonzalez/Reuters
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Uma multidão de manifestantes marchou, cantou e fez panelaços neste domingo (8), junto com artistas colombianos, em mais uma demonstração do descontentamento popular com o governo de Iván Duque desde 21 de novembro.

O centro e o norte de Bogotá viraram um autêntico cenário de protestos. Uma multidão formada principalmente por jovens voltou às ruas para desmentir os indícios de cansaço e exigir mudanças ao mandatário, desta vez com o apoio de artistas locais.

“As ruas não se calam”, dizia uma frase escrita com giz no asfalto. Desde cedo, as pessoas aderiram à iniciativa “un canto x Colombia” (Um canto pela Colômbia), show itinerante que contou com três palanques, instalados ao longo de sete quilômetros da ciclovia dominical.

Acompanhados de perto pela Polícia, os manifestantes marcharam e repetiram as críticas às políticas oficiais e à tentativa do governo de acalmar as ruas com diálogos que, após três semanas, não resultaram em nenhum acordo.

Em alguns pontos, ouviram-se gritos de “Fora Duque!”, embora à tarde o protesto tenha ocorrido sem incidentes.

“O governo tem sido indiferente, não quer nos escutar, não quer se sentar para falar, quer impor”, criticou Alejandra Obregón, uma universitária de 27 anos que representa o setor que exige mais acesso à educação pública.O músico colombiano César López, erguendo a 'escopetarra', uma guitarra que incorpora um rifle de assalto como um símbolo de paz, e a cantora Adriana Lucia, participam de um protesto musical contra o governo do presidente Ivan Duque em Bogotá, na Colômbia, neste domingo (8) — Foto: Fernando Vergara/AP

O músico colombiano César López, erguendo a ‘escopetarra’, uma guitarra que incorpora um rifle de assalto como um símbolo de paz, e a cantora Adriana Lucia, participam de um protesto musical contra o governo do presidente Ivan Duque em Bogotá, na Colômbia, neste domingo (8) — Foto: Fernando Vergara/AP

“Nosso despertar”

O protesto que começou dias atrás com uma greve sindical e estudantil, apoiada por indígenas, transformou-se em uma explosão de um mal-estar que por décadas foi sufocado pelo conflito com a ex-guerrilha das Farc.

A assinatura do acordo de paz com os insurgentes abriu o caminho, três anos depois, a uma inédita manifestação social, de longa duração e intensidade intermitente, mas já sem o estigma da subversão.

A Colômbia se somou, assim, aos movimentos regionais de descontentamento popular, que começaram no Equador, passando pelo Chile – onde os protestos ainda permanecem – e seguiram para a Bolívia, sem um denominador comum, exceto a ativa participação dos mais jovens.

Embora tenham sido pacíficos na maioria, os protestos na Colômbia deixaram quatro mortos, 500 feridos entre manifestantes e forças de ordem e 204 capturados.

A tropa de choque despertou a ira com a repressão inicial e a morte de um jovem de 18 anos nas mãos de um militar que atirou com sua escopeta calibre 12, segundo as investigações em curso.

A Fundação para a Liberdade de Imprensa também denunciou a prisão temporária de 19 jornalistas.

Na Colômbia, um dos países mais desiguais do continente, onde os jovens são afetados mais duramente pelo desemprego que atinge 10% da população, as pessoas clamam contra a corrupção, a violência financiada pelo narcotráfico e para que se cumpra o pactuado com os rebeldes e se detenha o assassinato seletivos de indígenas, líderes sociais e ex-guerrilheiros.

“Há muitas coisas pelas quais protestar (…) Acho que demoramos muito a pular, a reagir. Outros países já o fizeram e com muito mais força. Este é o nosso despertar”, afirmou o professor Andrés Reyes, de 33 anos.

Um homem bate panela durante protesto combinado com shows musicais em Bogotá, na Colômbia, neste domingo (8) — Foto: Luisa Gonzalez/Reuters

Um homem bate panela durante protesto combinado com shows musicais em Bogotá, na Colômbia, neste domingo (8) — Foto: Luisa Gonzalez/Reuters

Segue o diálogo

Com 15 meses no poder e a opinião pública contra (sete em cada dez colombianos desaprovam seu governo), Duque não consegue conter os protestos.

Em meio a conversas com diferentes frentes sociais, anunciou incentivos a empresas que contratarem jovens, três dias em IVA (19%) ao ano e o repasse deste imposto aos mais pobres.

Mas a mobilização não cede e seus efeitos já são sentidos no comércio na época do ano de maiores vendas. Segundo o governo, os prejuízos beiram os 285 milhões de dólares.

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