A ministra Marina Silva (Rede) do Meio Ambiente, durante audiência na Comissão de Desenvolvimento Sustentável, da Câmara dos Deputados na quarta-feira (24/05), se defendeu a respeito da pavimentação da BR-319. Segundo ela, as pessoas a culpam pela paralisação da estrada no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Virou uma lenda de que era a ministra Marina Silva que não deixava fazer a estrada. O problema era a ministra. Saí em 2008, se esse empreendimento fosse fácil, não tivesse altíssimo impacto ambiental ou tivesse comprovado a viabilidade econômica social e ambiental passando pela avaliação dos técnicos do Ibama sem que sejam pressionados, é possível que já tivesse sido feito”, disse a ministra durante audiência na comissão de meio ambiente depois de questinamentos dos deputados federais Capitão Alberto Neto (PL) e Amom Mandel (Cidadania).
Amom Mandel reconheceu que a conclusão da pavimentação pode aumentar o desmatamento e colocar em perigo algumas aldeias indígenas, mas que o abandono da rodovia não pode servir como uma política de combate ao desmatamento.
Já Alberto Neto cobrou da ministra soluções viáveis que leve em conta o desenvolvimento sustentável.
A rodovia BR-319 liga o Amazonas ao restante do país através de Rondônia, via sul do estado. Atualmente, o asfalto vai até o km 198, após isso só é possível encontrar asfalto na Transamazônica (BR 320). O resto do trajeto é feito de terra e barro.