O ex-ministro Eliseu Padilha, de 77 anos, morreu na noite desta segunda-feira (13/03), aos 77 anos. Padilha havia sido internado em estado grave no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, na manhã do sábado (11/03). Ele estava com um câncer de estômago, descoberto havia um mês, segundo nota divulgada pela família. O ex-ministro deixa mulher, seis filhos e cinco netos.
Com extenso currículo na política, Padilha passou pelo Legislativo e pelo Executivo e foi peça fundamental nos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) – quando chefiou a Casa Civil, além de ter atuado como importante articulador político do governo.
Ele era advogado, empresário e político. Também foi vice-presidente nacional do MDB e vice-presidente da Fundação Ulysses Guimarães.
Segundo nota da assessoria de imprensa do ex-ministro, o velório ocorrerá na quarta-feira, 15, a partir das 10 horas no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, e será aberto ao público. Depois das 17 horas, o corpo será levado ao Angelus Memorial e Crematório para uma cerimônia restrita aos parentes.
Nascido em Canela (RS), em 1945, Padilha formou-se em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), filiou-se ao MDB em 1966, nos primeiros anos da ditadura militar, e tornou-se prefeito do município de Tramandaí, no litoral norte gaúcho, no ano de 1989 – depois da abertura democrática.
Após completar seu mandato na prefeitura, Padilha migrou para o Congresso, ocupando uma cadeira de deputado federal eleito pelo Rio Grande do Sul ininterruptamente por 16 anos, entre 1995 e 2011, e depois por mais dois anos, entre 2013 e janeiro de 2015. Ainda em 1997, assumiu o Ministério dos Transportes no governo FHC. Manteve-se no cargo até 2001.
O político voltou ao governo federal por mais um ano como ministro da Secretaria de Aviação Civil em 2015, na gestão Dilma. Em 2016, depois do impeachment da petista, assumiu a Casa Civil de Temer.