Mulheres indígenas assumem como Caciques em aldeias no Pará

Novas cacicas vão atuar em aldeias do Pará. Foto: Prefeitura de Paraupebas
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Duas mulheres assumem lideranças indígenas em grandes aldeias no Pará. Kôkôti Xikrin, de 28 anos, foi empossada já no final de fevereiro cacica de seu povo que vive no Sudoeste do Pará. É a primeira vez que uma mulher assume este posto entre os Xikrin, aumentando a presença feminina nos espaços de liderança dos indígenas paraenses. Em maio de 2021, outra mulher, a assistente social O-É Paiakan Kaiapó, de 36 anos, assume o cacicado da Aldeia Krenhyedjá, na cidade de Ourilândia do Norte, no Pará.
As posses dessas duas mulheres são festejadas e marcam um novo momento para os povos indígenas brasileiros.  No caso de Kôkôti Xikrin, o fato foi tão marcante que a prefeitura de Parauapebas, que possui políticas públicas específicas para a população indígena da cidade, realizou uma cerimônia pública para marcar este momento. O evento aconteceu no dia 20 de fevereiro, na aldeia Djudjekô. Participaram da cerimônia representantes de 11 aldeias Xikrin, além de outras lideranças de 43 aldeias Kayapó e autoridades do município.
Kôkôti Xikrin é casada, mãe de três filhos, e vai liderar os indígenas da aldeia Krimei, uma das nove aldeias localizadas em Parauapebas. Por sempre ter se interessado pelas questões de seu povo, ela foi eleita por seu pai e aclamada por sua comunidade.
Em entrevista logo após sua posse, Kôkôti afirmou que estava muito contente e alegre de ser empossada. “As mulheres têm tanta força anto os homens. E mesmo que muitas mulheres não falem o português, é preciso reconhecer que elas precisam ter voz”, disse a cacica.

Para O-É Paiakan Kaiapó, de 36 anos que vai assumir em breve o cacicado da Aldeia Krenhyedjá, na cidade de Ourilândia do Norte, no Pará  ,“esta é a primeira vez que uma mulher Xikrin assume este posto. Kôkôti está quebrando barreiras e fazendo história”.

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Os caciques – ou cacicas, no caso das mulheres – são uma autoridade política das aldeias. É um cargo que permanece nas famílias, passando de pai para filhos. O cacique representa sua aldeia em fóruns externos, é o porta-voz daquela comunidade e organiza aquela população (para recebimento de benefícios sociais e para manifestações culturais, por exemplo). Ele também é mediador de conflitos e atua como árbitro em discussões.

Vice-presidenta da Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa), Puyr Tembé contou que “não é de hoje” que as mulheres indígenas ocupam espaços importantes. “Em nossas aldeias e comunidades, somos educadoras, enfermeiras, parteiras, benzedeiras, comunicadoras”, disse.

Ainda assim, ela afirmou que fazer com que as mulheres indígenas ocupem espaços de poder formal é muito importante para a sociedade: “Estar nesses lugares de construção de políticas públicas mostra a força, a capacidade, o raciocínio e tudo o que a mulher indígena faz pela proteção da floresta e da vida”.

E maio promete ser um mês especial para os Mẽbêngôkre-Kayapó, povo indígena do Sul do Pará. A ascensão ao posto de “cacica” de O-É Paiakan Kaiapó, abre mais uma porta para a representação feminina dentro das organizações indígenas, reforçando uma tendência que vem ganhando força na última década.
O-É é filha de Paulinho Paiakan vítima de Covid-19 em 2020 Foto: Anderson Linhares

 

O-É não é novata nos movimentos sociais: desde 2013 ela participa de reuniões e mobilizações indígenas. Ela é assistente administrativa da Associação Floresta Protegida e secretária da União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (Umiab). Em fevereiro de 2021, foi selecionada para o Mestrado em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Pará (UFPA). Ano passado, tornou-se presidente do Instituto Paiakan, fundado em homenagem a seu pai, o notório líder Paulinho Paiakan.

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