Musgo que retêm água da chuva pode resolver inundações em cidades

Musgo que retêm água da chuva pode resolver inundações em cidades
Foto: James Lindsey
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Um estudo revelou que uma espécie de musgo pode ajudar a resolver problema de inundações em cidades.

Conforme levantamento da organização britânica Moors for the Future Partnership, o plantio de musgo da espécie esfagno (Sphagnum) é capaz de reduzir consideravelmente a velocidade da água em caso de chuvas, podendo ser usado como uma incrível ferramenta contra inundações e enxurradas.

Para a descoberta, os pesquisadores criaram uma espécie de laboratório ao ar livre em Kinder Scout, o pico mais alto do Parque Nacional Peak District, uma Reserva Natural montanhosa na Inglaterra. Após o plantio do esfagno, o impacto do musgo foi monitorado de perto durante seis anos, e, recentemente, ficou comprovado que o musgo diminui significativamente a água que escorre das colinas após a chuva.

O musgo funciona como uma espécie de barreira, auxiliando no tempo de escoamento da água para o sistema fluvial, reduzindo o chamado ‘pico de fluxo’, que é a quantidade máxima de água em um rio após uma tempestade. Isso traz benefícios importantes para as comunidades que vivem no entorno e que são vulneráveis ​​a inundações.

“Uma redução de 65% no pico de vazão e uma enorme redução de 680% no tempo de atraso entre a chuva e a entrada de água da chuva no sistema fluvial são resultados surpreendentes, com benefícios de longo alcance para as comunidades a jusante”, disse Tom Spencer, diretor de Pesquisa e Monitoramento da Moors for the Future Partnership.

Os esfagnos possuem uma estrutura celular peculiar, eles têm poros e absorvem a água como uma esponja. Essas células únicas fazem com que a espécie seja capaz de absorver até 20 vezes seu próprio peso em água.A espécie também desempenha um papel crucial de acumular nutrientes ao longo do tempo para criar novas camadas de matéria orgânica. Uma cobertura de esfagno saudável protege e mantém a umidade do solo abaixo, e isso faz com que o solo também absorva mais água, retendo assim o fluxo máximo de água nas colinas.

Foram plantados à mão 50.000 tufos de esfagno em uma pequena área do pico que não possuía vegetação, então qualquer chuva forte escorria rapidamente das colinas para os riachos e ainda levava com ela ricos nutrientes do solo.

O estudo demonstrou que a restauração de terras altas oferece uma alternativa de baixo custo para reduzir o risco de inundações em comunidades rurais vulneráveis ​​e otimizar o trabalho de restauração. Ele ainda revelou que, ao longo dos anos, esses benefícios continuam a melhorar, pois o esfagno continua a crescer constantemente.

Segundo os cálculos da equipe, caso a restauração fosse replicada em toda a paisagem do local, o pico de fluxo da tempestade poderia ser reduzido em até 12% para as comunidades abaixo do Kinder Scout, incluindo Glossop, uma cidade onde o risco de inundação é alto. Segundo eles, durante tempestades intensas o fluxo de pico da tempestade pode ser reduzido em até 24% graças ao auxílio do musgo.

 

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