OMS teme mais 700 mil mortes por covid-19 na Europa

Proteção facial passa a ser recomendada em situações específicas. Foto: Nikolay Doychinov/AFP)
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A previsão do ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, deu a gravidade do avanço da pandemia da covid-19 no país e na Europa. “Alguns diriam que isso é cínico, mas, provavelmente, ao fim do inverno, quase todos os alemães estarão vacinados, curados ou mortos… Essa é a realidade”, afirmou, ao citar a disseminação da variante delta. Ao prenúncio de Spahn, seguiu-se uma estimativa não menos catastrófica da Organização Mundial da Saúde (OMS). Se a tendência atual persistir, mais 700 mil europeus terão morrido até o início da primavera no Hemisfério Norte, em março de 2022.

Por meio de um comunicado, a OMS anunciou esperar uma alta ou extrema pressão sobre as unidades de terapia intensiva (UTI) em hospitais de 49 das 53 nações da União Europeia, até 1º de março. “As mortes acumuladas contabilizadas devem superar 2,2 milhões até a primavera”, acrescenta a nota. Até o momento, a covid-19 provocou 1,5 milhão de mortes na Europa. Estatísticas oficiais indicam que as mortes associadas ao coronavírus na Europa dobraram desde o fim de setembro — de 2,1 mil por dia para cerca de 4,2 mil. Na segunda-feira, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, avaliou como insuficientes as medidas tomadas pelo governo para conter a variante “muito contagiosa”.

A OMS culpa um trio de fatores, combinados, pela explosão de casos da covid-19: a alta virulência da variante delta; a vacinação insuficiente; e a flexibilização precoce de restrições das regras sanitárias. Hans Kluge, diretor da OMS para a Europa, recomendou à população que se imunize e não abandone medidas de prevenção, como o uso de máscaras, a higiene das mãos e o distanciamento social. “A situação na Europa e na Ásia Central é muito séria. Enfrentamos um inverno cheio de desafios”, advertiu.

Imunização
Os índices de vacinação no continente são antagônicos — enquanto em Portugal 86,7% da população está totalmente vacinada, na Bulgária o total não passa de 24,2%. Em toda a União Europeia, 67,7% dos cidadãos receberam as duas doses do fármaco contra o Sars-CoV-2 (o coronavírus) ou a dose única.

Um dos descobridores do HIV (o vírus da Aids) e criador do teste para detectar o HIV, além de cofundador e diretor do Instituto de Virologia Humana da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland (Estados Unidos), o virologista Robert Charles Gallo admitiu ao Correio que a cepa delta e outras variantes do Sars-CoV-2 mais infecciosas estão surgindo na Europa. “Muitas pessoas também não estão se vacinando e acabam expostas a essas variantes. Outro fator é que o tempo frio faz com que as pessoas fiquem mais em ambientes fechados. Dessa forma, o vírus se espalha mais. Os cidadãos precisam manter o distanciamento, usar máscaras e se imunizar.”

Protestos
A adoção de medidas rigorosas para interromper a disseminação da covid-19 insuflou manifestações violentas em países, como Áustria e Holanda. Na Áustria, toda a população está sob estrito lockdown desde segunda-feira. Na Bélgica e na Holanda, os governos impuseram novas restrições sanitárias, o que despertou a indignação de parte da sociedade.

O premiê holandês, Mark Rutte, não poupou críticas aos responsáveis pela convulsão social que agita o país desde a última sexta-feira. De acordo com o chefe de governo, os atos de “pura violência” são cometidos por “idiotas”.

Segundo a agência de notícias France-Presse, a Comissão Europeia — órgão executivo da União Europeia — trabalha em uma “atualização” das recomendações para controle da pandemia e prevê apresentar as suas propostas de mudanças no certificado europeu nos próximos dias.

Como arma contra o elevado índice de contágios no continente, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou, ontem, que em poucas semanas decidirá se autorizará a comercialização da Molnupiravir, a pílula anticovid-19 da Merck, vendida sob o nome Lagevrio.

 

 

Correio Braziliense*

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