Após seis anos de análise, o Comitê de Direitos Humanos da ONU reconheceu que o ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, foi parcial durante julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no âmbito da Operação Lava Jato. A informação foi dada pelo UOL, nesta última quarta-feira (27/04).
Encarregada pela fiscalização do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, a ONU analisou o processo desde que o ex-presidente apresentou o caso, alegando a irregularidade das ações de Moro, em 2016.
Quatro queixas foram apresentadas por Lula, entre elas: a parcialidade do ex-juiz; a violação de mensagens privadas de familiares; a detenção do ex-presidente considerada arbitrária e o impedimento de sua candidatura em 2018. Constatou-se violações de direitos em todos as situações.
Anteriormente, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia concluido a violação de regras no processo por parte de Moro, no entanto, os órgãos internacionais permaneceram analisando o caso.