Uma das pacientes de Hozana Carneiro Ximenes, de 35 anos, presa nesta quinta-feira (10/03) em Manaus, suspeita de se passar por biomédica para fazer procedimentos estéticos clandestinos, disse que apresentou deformidades no nariz três dias após passar por uma intervenção realizada pela suspeita.
A suspeita foi presa nessa quinta-feira (11/03), após dois anos de investigações. Pelo menos seis pacientes registraram denúncia contra Hozana.
Em entrevista à Rede Amazônica, a vítima disse que se pretendia afilar o nariz, e se interessou pelo serviço oferecido por Hozana, com valores mais baratos do que uma cirurgia plástica.
“Quando eu cheguei em casa, três dias depois, o meu nariz começou a necrosar, sair sangue, pus. Começou a ficar muito inchado, eu sentia muitas dores, e o meu nariz só foi piorando dia após dia”, relatou.
Ela disse que a falsa biomédica usou polimetilmetacrilato (PMMA), uma substância plástica que normalmente é usada em procedimentos estéticos mais definitivos, e que em grande quantidade pode causar sérios riscos à saúde.
A paciente começou a notar que algo tinha dado errado poucos dias após o atendimento, realizado há cerca de dois anos. Até hoje ela não retirou o produto do nariz, que cicatrizou e deixou a marca do procedimento mau sucedido.
“Sempre foi o meu sonho, deixar o meu nariz mais empinadinho. Mas ela destruiu o meu sonho, e eu vou ficar com essa cicatriz pelo resto da vida”, disse.