Da mesma forma que muitos correm para conquistar votos evangélicos, de conservadores ou militares, algumas tendências políticas já se articulam para atingir o eleitorado Gay. Segundo os números da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, são aproximadamente 18 milhões de brasileiros homossexuais. Número mais que suficiente para eleger muitos prefeitos nas próximas eleições municipais.
De olho em um eleitorado cada vez maior e mais atuante, os partidos já se mobilizam. No Amazonas, o PMN, criou o PMN Diversidade e vai reservar vagas para candidatos identificados com a causa.
O presidente estadual da sigla, Marcelo Amil, assinou uma portaria que determina que os diretórios municipais reservem 10% do total de vagas para candidatos que se identificam com o movimento. “Só se consegue fazer políticas públicas através da política, por isso o PMN Amazonas está abraçando a comunidade LGBTQ+ ao lançar o diretório PMN Diversidade. Nós estamos incluídos na categoria de vulnerabilidade social, por isso é importantíssimo para termos direitos básicos como Educação, Saúde, Emprego e que nesses locais não haja a discriminação”, reforça Amil.
Vale ressaltar que dentro do eleitorado gay também há grandes diferenças em tendências de voto. Mesmo grande parte das causas ligadas aos LGBTs serem de oposição ao Governo Bolsonaro, um levantamento feito pela Datafolha logo depois da eleição de 2018 , o primeiro em que o instituto de pesquisa inclui a variável de orientação sexual, mostrou que 29% dos não heterossexuais que votam naquele ano ajudaram a eleger Bolsonaro. Ou seja, é um campo de voto a ser explorado por ambas as tendências: esquerda ou direita.
Já o número de candidaturas assumidamente LGBT também vem gradativamente aumentando. Em 2002, foram identificados apenas nove candidatos LGBT nas eleições gerais deputados/senadores/governadores e presidente), em 2010 este número aumentou para 20, representando incremento percentual de 122%. Para as eleições municipais de prefeitos e vereadores, o aumento também foi expressivo, de 81 candidatos, em 2004, para 173, em 2012, o que representa aumento percentual de 113%. As informações são da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) para as eleições de 2008, 2010 e 2012 em pesquisas realizadas nos fóruns de discussão virtual de ativistas LGBT no Brasil.
*Redação e Assessoria PMN
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