Apresentação de acordo com o padrão de um funcionário público e identificação como tal, mas a qualificação profissional e o fardamento são forjados e o real objetivo é conseguir vantagens indevidas.
O delegado Paulo Benelli, titular da 2ª Seccional Norte e 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), explica mais sobre o crime:
“Esses crimes podem ser vistos pela população como crime de falsa identidade, quando o indivíduo atribui a si uma qualificação profissional que não possui, para sobressair em formulários, procedimentos e serviços”, explica.
“Pode haver também contravenções penais, ocasião em que o infrator além de mentir sua identidade, faz uso indevido de adereços, uniformes e até distintivos policiais”, complementa.
O delegado explica que o principal objetivo normalmente é subtrair valores das vítimas, mas alerta que existem outras possibilidades: “Além dessa, podem exigir favores, se apresentar como autoridades em negociações, para passar certa credibilidade ao negócio e, também, usar as atribuições do cargo por status social”, frisa.
Reconhecimento
A autoridade policial explica sobre como identificar casos de falsa identidade:
“A polícia e a administração pública de modo geral têm como objetivo proteger a população e trabalhar na legalidade, verificando e atuando de acordo com a legislação vigente. Se o cidadão verificar que há uma irregularidade nos atos, pode imaginar que, na verdade, não se trata de um servidor público”, esclarece.
Paulo ressaltou a importância das pessoas realizarem verificações na delegacia e fazerem denúncias:
“Ao ter dúvidas sobre a veracidade da identificação, a população pode exigir identificação do servidor que está realizando algum procedimento e, caso seja vítima de delitos praticados por ele, pode procurar a delegacia mais próxima para registrar a ocorrência”, concluiu o delegado titular.
Denúncias
O delegado orienta que quem tenha sido vítima deste golpe, deve a procurar a delegacia mais próxima para registrar um Boletim de Ocorrência (BO), a fim de formalizar a denúncia, para que seja dado andamento aos procedimentos cabíveis.
As denúncias também podem ser realizadas pelo número 181, o disque-denúncia da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM)
É preciso estar em posse de provas, para compor parte das investigações policiais.