Pesquisa do Atlas Amazonas da Ufam descarta nova onda de casos de Covid-19 nos próximos dias em Manaus

Pesquisa do Atlas ODS Amazonas defende teoria de que o coronavirus estaria "menos virulento" em Manaus, se espalhando com facilidade mas menos agressivo e causando menos mortes.
Pesquisadores fizeram apresentação do Boletim do Atlas Amazonas para imprensa
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Nesta quinta-feira, a equipe de pesquisadores do Atlas ODS Amazonas lançou o seu décimo boletim. Durante uma live, as análises do acompanhamento dos números de isolamento e de casos de Covid-19 na capital foram apresentadas a imprensa juntamente com algumas hipótese que explicariam a queda de óbitos por coronavirus na capital amazonense.

A equipe do Atlas ODS Amazonas, formada pelos pesquisadores Henrique Pereira, Danilo Egle e Bruno Lorenzi,  utilizou o modelo logístico para a estimativa das taxas de crescimento de casos e de óbitos por Covid-19. O Modelo é inédito no Brasil e  que  tem se mostrado adequado quando confrontada à realidade do Amazonas, segundo a equipe do Atlas. Em Manaus, a variação do índice de isolamento social explica parcialmente a queda do número de óbitos. O Coordendaor do projeto, o Professor Henrique Pereira defendeu que houve sim isolamento em Manaus durante o pico dos casos no mês de abril, o que contribuiu para que o salto de número de doentes não fosse ainda maior.

No entanto, um fato interessante na explanação do trabalho cientifico é a rejeição a hipótese da “imunidade de rebanho”.  Em sua explanação o Professor Henrique Pereira disse que a teoria da imunidade de rebanho é uma teoria que pressupõe a vacinação e como ainda não existe a vacina para o novo coronavírus, não há como usar esta teoria para atual pandemia.

O Estudo do Atlas Amazonas traz a hipótese da teoria de ecologia evolutiva da doença como fator que pode explicar a transição para última fase da Pandemia estar acontecendo mais cedo em Manaus do que nos demais epicentros.

Segundo o estudo, o vírus “mais virulento” , mais agressivo causou a maioria das internações e casos graves . E muitos evoluíram a óbito. A teoria é de que quando o paciente morre o vírus morre com ele e encerra um ciclo. Por outro lado, vírus “menos virulentos” estariam, segundo a teoria da pesquisa, se espalhando com mais facilidade sem causar casos mais graves da doença e nem mortes. Assim, se explicaria o número e casos ainda considerável na capital amazonense, frente a uma curva do número de mortes cada vez mais descendente.

O isolamento social, na primeira fase de reabertura das atividades econômicas em Manaus, variou de 35 a 41%. Para os pesquisadores do Atlas Amazonas da Ufam , no entanto,  o momento agora é de manter o distanciamento e a higiene, mais que o “isolamento”, como formas de evitar a proliferação da doença. “Ficar em casa não necessariamente quer dizer que neste momento eu não vou pegar o coronavirus. Uma pessoa da minha casa pode sair e trazer a contaminação” explicou o professor Pereira

Sobre a possibilidade de uma possível nova subida no número de casos de Covid-19, o coordenador foi enfático.  “A gente tem que arriscar, cada um está colocando seu pescoço como cientista nesse debate. Nossa teoria é da ecologia de doenças. O que a gente está observando é um Trade off virulência X transmissão. O que significa que não fica razoável supor que possa acontecer uma nova onda em sequencia a essa que parece estra se encaminhando para suas fases finais” , explicou o pesquisador.

Pela previsão feita em cima dos cálculos estatísticos, o Atlas Amazonas sugere que reabertura das atividades econômicas que começou em 01 de junho, deveria na verdade ter sido iniciada somente em 17 de junho.

Uma das conclusões do trabalho cientifica do Atlas Amazonas é de que a transmissão da doença deverá perder velocidade até que novas estirpes do vírus surjam ou haja o aumento de suscetíveis caso a imunidade seja temporária. Ou seja, novos ciclos do coronavírus podem surgir no futuro.

Veja no link abaixo a apresentação em PDF do Atlas ODS Amazonas.

boletim_ATLAS COVID-19 vol 2 nr 10 (1)

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