A Pontifícia Universidade Católica-Rio e o Itaú Cultural mapearam os projetos de leitura da sociedade civil e de gestões públicas de 382 ações de 24 estados do Brasil.
Em entrevista à CNN Rádio, o gerente do núcleo de audiovisual e literatura do Itaú Cultural, Claudiney Ferreira, explicou que a ideia original da pesquisa “O Brasil que lê” era de ter dados de 980 iniciativas, porém as constatações foram outras:
“No entanto, apenas 382 terminaram o mapeamento, pedimos para pesquisadores entrarem em contato e descobrimos que não concluíram por causa de desânimo e falta de apoio”, lamentou.
Conclusões
De acordo com ele, “não há estímulo federal, e são poucos os estímulos de municípios e estados, poucas empresas que investem em bibliotecas e não há país que evolua sem leitura.”
39% dos projetos que concluíram o estudo atuam com recursos próprios: “De pessoas, voluntários, do seu próprio bolso, para manter, 32% apenas têm incentivo de instituições privadas e 24% tiveram qualquer retorno de editais, é muito pouco.”
Claudiney demonstrou preocupação com o resultado, porque, segundo ele próprio destacou, a leitura traz “senso crítico da informação”: “A gente identificou que apenas 52% dos consultados haviam lido pelo menos um trecho de um livro de 2019 e isso coloca em xeque o futuro do país.”
A pesquisa tem como foco o leitor: “A gente tem conhecimento de vários projetos que lidam com leitura, como biblioteca comunitária, ONGS que têm biblioteca, pode ser a única atividade cultural de todo um bairro e quase 45% delas são mantidas apenas por voluntários.”
Fonte: CNN.