A Polícia Federal e o Instituto Chico Mendes investigam a razão da mudança de cor do Rio Tapajós, localizado na Floresta Nacional do Tapajós, em Alter do Chão (PA).
Segundo informações divulgadas pela TV Globo neste sábado (22/1), o rio ganhou cor de barro e os moradores ribeirinhos já não conseguem mais utilizar a água.
“Não está normal, está com gosto de barro”, disse Luiz Paz, liderança comunitária na região.
A suspeita é de que a mudança no tom do rio seja decorrente da atividade de garimpos ilegais, que ficam próximos à região. Anualmente, 7 milhões de toneladas de rejeitos são despejados no rio, segundo informações da Polícia Federal.
Essa situação mobilizou órgãos ambientais. Cientistas e moradores suspeitam da atividade de garimpos ilegais. E despejam, por ano, 7 milhões de toneladas de rejeitos no Rio Tapajós, segundo a Polícia Federal.
O Instituto Chico Mendes está coletando água e sedimentos do fundo do rio. Os pesquisadores querem saber se o que está chegando à região de Alter do Chão são metais pesados, como o mercúrio.
“A gente não consegue identificar se realmente é um fenômeno natural ou impulsionado pela mineração, atividade de mineração ilegal. Isso precisa ser investigado ainda. Através da análise posterior desse material a gente começa a identificar, comparando com dados de anos anteriores, se realmente está havendo mudanças estruturais na qualidade física, química e biológica da água”, afirmou o pesquisador Maurício Santamaria.
Metrópoles*