As investigações da Polícia Federal sobre os supostos desvios de recursos públicos da educação mostram que o ex-assessor parlamentar Luciano Cavalcante participava de um grupo de WhatsApp denominado “Robótica Gerenciamento”, do qual fazia parte, entre outras pessoas, a sócia da empresa apontada como o pivô do esquema -a Megalic.
Mais próximo assessor do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Luciano teve sua exoneração da Liderança do PP publicada na segunda-feira (05/06).
A PF cumpriu na semana passada mandados de prisão e de busca e apreensão contra aliados de Lira em uma investigação sobre desvios em contratos para a compra de kits de robótica com dinheiro do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
A reportagem da Folha afirma que as verbas chegaram ao órgão por meio das chamadas emendas de relator, controladas à época pelo presidente da Câmara.
A investigação da PF teve origem em reportagem da Folha de S.Paulo publicada em abril do ano passado sobre as aquisições dos kits em municípios de Alagoas, todas assinadas com a Megalic, empresa pertencente a aliados de Lira.
Tanto o presidente da Câmara quanto a empresa negam qualquer relação com malfeitos.
De acordo com o inquérito da PF, dados fornecidos pelo WhatsApp mostraram que o grupo “Robótica Gerenciamento” era integrado por Luciano Cavalcante, Roberta Lins Costa Melo, sócia da Megalic, e outras quatro pessoas.
A PF afirma que Luciano manteve contato com alguns dos investigados sob suspeita de fazerem constantes entregas de dinheiro vivo e que, em ao menos uma ocasião, foi o destinatário de quantia sacada momentos antes em agências bancárias.