Piratas simulam PF e atacam traficantes e garimpeiros no Amazonas

Piratas simulam PF e atacam traficantes e garimpeiros no Amazonas
Policiais afirmam que a violência praticada por piratas era rara há dez anos. Foto: Getty
Compartilhe

Em entrevista publicada pela FolhaPress, nesta segunda-feira (01/08), o setor de inteligência da Polícia Federal passou a investigar a atuação de piratas que atacam narcotraficantes e garimpeiros ilegais na região do alto rio Solimões, no Amazonas, depois que grupos criminosos começaram a usar lanchas com a inscrição “Polícia Federal” para abordar outras embarcações.

Os policiais afirmam que a violência praticada por piratas era rara há dez anos, mas cresceu nos últimos anos por uma série de motivos: o aumento do garimpo ilegal de ouro, a intensificação das rotas de cocaína pelos rios da região e o aprofundamento da ausência do Estado, especialmente de forças de segurança e Forças Armadas, numa região marcada pelo isolamento.

Os confrontos entre piratas, narcotraficantes e garimpeiros resultaram numa troca de tiros no começo de julho, na região de Tonantins (AM), a 860 quilômetros de Manaus. Na ação, os piratas usaram até lançadores de granadas, segundo investigadores da Polícia Civil do Amazonas.

Na cidade, são comuns ocorrências sobre corpos cravejados de balas encontrados em áreas de vegetação e alagadas. Um desses casos foi registrado em abril, mas os corpos desapareceram antes da chegada dos policiais.

As possibilidades de desova de corpos se intensificam no período da cheia, de dezembro a julho, em razão do incremento de rotas de fuga e esconderijo por rios, igarapés e igapós -área de mata inundada por água à margem do rio.
A polícia também investiga relatos de linchamento de auxiliares de piratas pela população de uma cidade do alto rio Solimões.

A cocaína transportada pelos rios da Amazônia tem origem na Colômbia e no Peru. Uma das principais rotas de entrada da droga no Brasil é pela tríplice fronteira entre os três países, segundo investigações da polícia.

Foi nessa região que o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips foram assassinados, em 5 de junho.
Três pessoas envolvidas na pesca ilegal foram denunciadas pelo MPF (Ministério Público Federal) como responsáveis pelo duplo homicídio. Os conflitos decorrentes da atividade -Bruno foi o responsável por estruturar um serviço de fiscalização da terra indígena Vale do Javari- foram apontados como motivação para o crime.

A PF também investiga se o narcotráfico teve ligação com o crime, mas até agora não encontrou evidências fortes nesse sentido.

Segundo investigadores das rotas de tráfico na região, é comum que traficantes driblem a polícia de Tabatinga, cidade colada ao território colombiano e que tem unidades da PF e do MPF (Ministério Público Federal).

Para isso, as embarcações trafegam por rios menores na altura de Benjamin Constant, cidade mais colada no Peru, e seguem pelo Solimões até cidades como São Paulo de Olivença, e de lá para Manaus e o restante do país.

Grupos de piratas estão organizados em pelo menos sete cidades ao longo do Solimões, segundo investigações da polícia: Amaturá, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Jutaí, Juruá, Tefé e Coari.

A atuação desses grupos não se restringe à região do alto Solimões. Há relatos de piratas atuando em Manacapuru, a 100 quilômetros de Manaus, onde uma sequência de assassinatos teria ocorrido em 2017, segundo a polícia. E existe uma segunda rota suspeita de pirataria, no rio Madeira.

Conforme as investigações em curso, há suspeitas de participação de integrantes de facções criminosas brasileiras e de policiais militares na prática da pirataria.

Voce pode gostar também!

Conheça meus serviços

É um serviço especializado realizado por mim Jornalista Marcela Rosa , especialista em telejornalismo e produção de vídeos e textos para vídeos e TV, Na minha mentoria on line eu vou te orientar de forma individualizada nos seus trabalhos de vídeo ou ainda de textos para TV ou internet.

Saiba mais

Nas Redes Sociais, como jornalista,eu atuo de uma forma diferenciada. Na verdade, uso a minha imagem e o meu texto (fala) como “referência” digital para produtos e serviços que coadunam com meu perfil de mulher adulta, mãe e profissional da comunicação.

Saiba mais

O Cerimonial de uma jornalista busca sempre aliar competência e credibilidade com a imagem e a voz que vão representar empresas e organizações.

Saiba mais

O meu maior Knowhow é sem dúvida a produção, redação e apresentação de vídeos jornalísticos. E todo este conhecimento é reproduzido nas propostas institucionais.

Saiba mais

Iniciar Atendimento
1
Olá bem-vindo ao Portal da Marcela Rosa!

Em que podemos te ajudar? Os nossos serviços são:

- Mentorias em telejornalismo e produção de vídeos e textos para vídeos e TV.
- Média Training
- Digital Influencer
- Cerimonialista (Português, Inglês e Espanhol)
- Produção de vídeos

Estamos a disposição para atendê-lo, aguardamos você!