Planeta.doc Film Festival abre inscrições para escolas e universidades de todo o Brasil

Conteúdo poderá ser acessado para educação socioambiental em plataforma Foto: Divulgação
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O Festival Internacional de Cinema Socioambiental Planeta.doc  está com inscrições abertas para escolas  e universidades brasileiras  que queiram promover debates sobre questões socioambientais trazidas por cineastas nacionais e internacionais. A plataforma do evento disponibiliza a partir desta segunda-feira (01), uma  mostra com os  48 filmes vencedores de sua sétima edição, nas categorias Planetadoc Internacional, Planetadoc Brasil e Planetadoc Santa Catarina.

O evento segue com uma programação contínua até 31 de dezembro. A oitava edição do festival tem início em 24 de outubro, trazendo mais de 100 filmes nacionais e internacionais de caráter socioambiental.

O festival abre com a realização do Planeta Doc Conferência, em formato online. O ciclo de conferências, intitulado “Decoloniza Já!” trará  pensadores do Brasil e do mundo, centrado na temática da decolonização ou decoloneidade. O pensamento decolonial é um pensamento que se desprende de uma lógica de um único mundo possível e se abre para uma pluralidade de vozes e caminhos.

Para acessar os filmes  e receber todas as informações do evento, basta se cadastrar em www.planetdoc.org/cadastro.

O festival, maior do gênero do sul do país e um dos principais do Brasil, trata de toda a temática da imbricação do ser humano com  a Terra, o que inclui  temas polêmicos e urgentes como produção e destino do lixo, mobilidade urbana,  retomada dos espaços públicos nas cidades contemporâneas, alimentação e saúde pública, movimentos sociais, exploração de territórios e biomas  e um olhar aprofundado  para as realidades sociais e ambientais dos quatro cantos do planeta.

O evento visa promover o debate socioambiental em ambientes acadêmicos e valorizar cineastas que refletem sobre a realidade de forma independente e autônoma. Com mais de cem filmes na programação, muitos premiados em festivais do mundo inteiro, a oitava edição do PLANETA.doc está com as inscrições abertas até 31 de agosto para filmes nacionais e internacionais no seguinte link:www.filmfreeway.com/planetadoc

“Os sistemas de reconhecimento facial de grandes empresas de tecnologia, geralmente classificam corretamente pessoas negras?” A pergunta que moveu a pesquisadora Joy Buolamwini revela o surpreendente viés racial dos algoritmos de reconhecimento facial.

O tema, retratado no Filme Coded Bias, da norte-americana Shalini Kantaya, é uma das dezenas de questões instigantes trazidas pelo Festival PLANETA.doc, que apresenta a partir desta segunda-feira, 01 de agosto a Mostra de 48 filmes vencedores de sua sétima edição.

Nos EUA, o milagre da multiplicação dos peixes é conquistado com a  explosão das barragens que impediam o livre fluxo da fauna aquática, realidade revelada pelo filme DamNation, de Travis Rummel e Ben Knight. No filme A Última Chamada, o diretor italiano Enrico Cerasuolo acompanha os autores do emblemático estudo “Limites do Crescimento”  para oferecer uma visão provocativa sobre as razões da crise mundial diante de um crescimento sem limites,  Em Solo Fértil, os diretores Josh Tickell, Rebecca Harrell Tickell acompanham  um grupo revolucionário de ativistas, cientistas, agricultores e políticos, que se unem em um movimento global chamado “Agricultura Regenerativa”.

Auto de Resistência (2018)

Direção:  Natasha Neri, Lula Carvalho

País: Brasil

Um acompanhamento preciso dos casos de homicídios cometidos pela Polícia Militar do Rio de Janeiro classificados como “autos de resistência”, isto é, legítima defesa.

Martírio

Direção: Ernesto de Carvalho, Vincent Carelli, Tatiana Almeida

País: Brasil

Sinopse: Uma análise da violência sofrida pelo grupo Guarani Kaiowá, uma das maiores populações indígenas do Brasil nos dias de hoje e que habita as terras do Centro-Oeste.

Chico Rei Entre Nós (2020)

Direção: Joyce Prado

País: BRA

Sinopse:Chico Rei foi um rei congolês que se tornou escravo e libertou a si mesmo e a seus súditos durante o Ciclo de Ouro em Minas Gerais. Sua história é o ponto de partida para explorar os diversos ecos da escravidão brasileira na vida dos negros de hoje, entendendo seu movimento de autoafirmação e liberdade a partir de uma perspectiva coletiva.

#Direitos Humanos

Mata (2020)

Direção: Fábio Nascimento e Ingrid Fadnes

País: BRA

Sinopse: Diante do avanço das plantações de eucalipto, um agricultor e uma comunidade indígena se posicionam como resistência e revelam o impacto da monocultura no meio ambiente, em contraste aos modos de vida tradicionais. O inimigo também pode ser verde.

#Meio Ambiente

A Bolsa ou a Vida

Direção: Silvio Tendler

Países: Brasil

Sinopse: O filme aborda o desmonte do conceito de bem-estar social e nos faz refletir sobre a incompatibilidade do neoliberalismo com um projeto humanista de sociedade.

BR Acima de Tudo (2021)

Direção: Fred Rahal Mauro

País: Brasil

Empresários e políticos refletem de maneira particular os efeitos da potencial expansão da estrada da BR-163 no interior da Floresta Amazônica, área que abriga indígenas, pecuaristas, pequenos fazendeiros, descendentes de escravos negros.

#MeioAmbiente

OITAVA EDIÇÃO DO PLANETA.DOC FILM FESTIVAL E CONFERÊNCIA /DECOLONIZA JÁ!

A oitava edição do Festival Planetadoc inicia com o  Planetadoc Conferência 2022 “Decoloniza Já!”, um ciclo de palestras nacionais e internacionais centrado na temática da Decolonização.  O evento abordará esta  discussão paradigmática a partir da voz de pensadores, cineastas, ativistas e cientistas que mais tem contribuído para o debate internacional e latino-americano sobre o tema.

A decolonização ou decoloneidade é o processo que implica uma mudança nas formas de subordinação e exploração produzidas pelas estruturas hegemônicas do sistema-mundo/capitalista-patriarcal/moderno-colonial, que de acordo com sociólogo Ramon Grosfoguel naturalizou padrões de poder raciais, territoriais, epistêmicos e culturais.

Em outras palavras, os povos originários e africanos – com suas próprias diversidades etnoculturais – não foram considerados na construção das novas sociedades e foram afastados da participação em instituições e organizações do poder público, como bem destacou o sociólogo peruano Aníbal Quijano em seus estudos.

“A temática da Decolonização considera que  a  possibilidade de criação de identidades nacionais híbridas típicas da miscigenação latino-americana foi postergada diante do reforço do processo histórico de ocidentalização iniciado no século XV, quando o paradigma da modernização foi adotado. Nesse contexto, o legado das culturas ameríndia e africana foi marginalizado, iniciando um processo em que a cultura se politizou, pois os atores hegemônicos impuseram uma produção de sentido – símbolos, imagens, unidades informativas – com o objetivo de consolidar o status quo correspondente. (branco-europeu). O Estado-nação emergente perderá, assim, seu caráter de unidade político-cultural e será reduzido à condição de bloco político-institucional, com funções reguladoras no campo da economia e administrando a justiça e a violência como mediador de conflitos entre os diferentes atores sociais (A. Hamamé, Hopenhayn, 2002)”.

O Festival Planeta.doc também disponibiliza, para toda a rede de escolas públicas (municipais e estaduais) de ensino  fundamental,  a Plataforma Planeta na Escola, (www.planetanaescola.com) permitindo a utilização dos filmes em sala de aula ou em formato híbrido como ferramenta de educomunicação.

O objetivo é difundir temáticas relacionadas à preservação da vida por meio de filmes com foco nos desafios da sustentabilidade e apresentação de  soluções que estão sendo geradas para viabilizar sociedades harmonicamente integradas ao seu meio natural.

“Nossa proposta é aliar conhecimento e arte. A emoção é necessária no processo de conhecer, e os filmes permitem um aprofundamento em questões limite essenciais, em problemáticas comuns que são vivenciadas em todas as faces da terra porque estamos numa etapa de globalização que coloca a humanidade inteira na mesma nave. Compreender estas problemáticas para dar o salto para a mudança é o objetivo do festival e do PLANETA.doc Conferência”, destaca a diretora do festival, Mônica Linhares.

A plataforma cria uma comunidade de aprendizagem, que permite aos professores compartilhar suas práticas pedagógicas e construir um projeto conjunto de utilização do cinema para fins educativos. O professor é a peça chave deste processo educativo por meio dos filmes, pois ele realiza a mediação e interpretação das obras junto aos seus alunos. E tem a oportunidade de conhecer outros educadores e compartilhar com eles projetos, ideias e soluções aplicadas em sala de aula.

Por outro lado, a parceria com as escolas permite tratar desses temas de forma contemporânea, inovadora e atraente para uma geração que está formada em uma ampla rede de comunicação audiovisual.

“E, por sua vez, o público em geral tem a oportunidade de acessar filmes que estão fora do circuito comercial nos espaços culturais elencados pelo festival e aproveitar as informações que são trazidas por documentaristas do mundo inteiro”, conclui.

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