Quatro policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) foram temporariamente afastados de suas funções nas ruas em razão da operação realizada na Cidade de Deus, zona oeste do Rio, na última segunda-feira (07/08), que resultou na morte de Thiago Menezes Flausino (13). Os agentes permanecerão afastados durante as investigações e serão designados para atividades administrativas.
A medida foi tomada após críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enfatizou a irresponsabilidade de atirar em um menino já caído, questionando a preparação psicológica dos policiais. Testemunhos de moradores da comunidade afirmam que Thiago foi baleado sem oferecer resistência ou representar ameaça à operação do Batalhão de Choque. A pistola encontrada próxima ao corpo do adolescente, segundo os moradores, teria sido “plantada” pelos militares.
O incidente não apenas chamou a atenção do presidente, mas também gerou indignação na sociedade civil. A Polícia Militar inicialmente alegou um confronto, porém, as armas usadas pelos agentes foram apreendidas para perícia e as imagens das câmeras de segurança estão sendo analisadas pela Polícia Civil, que conduz a investigação do caso. A PM também está colaborando integralmente com os procedimentos investigativos, enquanto instaurou um procedimento de apuração através de sua Corregedoria-Geral para examinar os detalhes do ocorrido.